Restaurador inconformado com “trambolho” instalado na Lapa. Veja vídeo!
Governo do Estado instala unidade do Segurança Presente permanente na Lapa
Depois de ver na Lapa a nova base do programa Segurança Presente para reforçar o policiamento para o G20 e outros eventos, o restaurador Marconi Andrade, fundador do movimento “S.O.S. Patrimônio”, ficou revoltado com a escolha do lugar, na esplanada dos Arcos da Lapa, segundo ele, uma “agressão a um dos cartões-postais mais importantes do Rio — uma agressão predatória contra a paisagem, a ambiência e o patrimônio histórico”.
Na sexta (01/11), o governador Cláudio Castro anunciou seis bases do programa para reforçar o policiamento. “Serão mais 350 policiais, além dos agentes civis e assistentes sociais. Essas bases vão funcionar entre 8h e 22h”, disse o governador. O trambolhão é um contêiner com duas caixas d’água em cima; depois do evento, as bases seguirão instaladas.
“Não é possível que o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) tenha autorizado isso. Imagina isso em Paris, Londres etc.!? Isso é surreal. Você tem um canteiro central, que já não seria num local ideal, mas tem toda a parede do outro lado, onde poderia ser colocado, mas eles instalaram em frente aos Arcos da Lapa. Surreal! Inacreditável! Cadê o senso estético, o paisagismo do pessoal do governo estadual, do municipal? Não existe… Cadê a pasta de Urbanismo e Conservação? Quem autorizou um monstrengo desse aqui? Poderia colocar por trás do Circo Voador, que tem um espaço enorme”, diz Marconi, que vai acionar o MP para ver o que podem fazer sobre o caso.
E continua: “Vivemos em uma cidade em que o seu patrimônio histórico é depredado sistematicamente, uma população em situação de rua crescente, junto com um número cada vez maior de usuários de drogas que depredam monumentos… E já nos acostumamos com isso! Mas ver o governador contribuir com essa depredação é inaceitável! A omissão dos órgãos de proteção é inaceitável! A autorização da prefeitura é inaceitável!”
A coluna pediu respostas do Iphan e do Governo do Estado, mas, até a publicação da nota, nada.