Rebeca Bomani: da Vila Cruzeiro para as passarelas europeias
Rebeca integra o projeto social "Favela Street", na Vila Cruzeiro, que oferece oportunidades para jovens em ações esportivas e culturais


Rebeca Bomani, 23, batia um bolão com as meninas na favela Vila Cruzeiro, até ser descoberta como modelo. “Não era meu sonho, até surgir a oportunidade. Comecei a jogar bola aos 12 anos e, desde a primeira vez que entrei em campo, me identifiquei. Em comunidade, as coisas sempre foram mais difíceis, então o futebol me ensinou muitas coisas. A primeira delas foi me sentir uma pessoa livre”, diz.
O interesse pelo futebol feminino cresceu mais de 10 vezes no Brasil, na última década, e a Copa América Feminina deste ano começou a ser disputada no Equador na sexta (11/07), com as meninas do BR jogando no domingo, contra a Venezuela, em Quito. “Fico feliz em saber que têm meninas que também vieram da periferia e estão disputando o maior campeonato feminino do mundo”, diz ela, que chegou a jogar em times de base de clubes, por exemplo, o Vasco.
Em 2015, entrou em campo como “mascotinho” do Manchester City, no Reino Unido; em 2016, fez intercâmbio na Holanda; e nos dois anos seguintes, em campeonato beneficente na Rússia. Em 2022, foi vista por um olheiro num shopping do Rio e começou a vida de modelo na JOY Management.
Mas o futebol não foi esquecido: na Vila Cruzeiro, ela integra o projeto social “Favela Street”, que oferece oportunidades para jovens em ações esportivas e culturais.