Rafael Bokor: Edifício Paraguassú (Copa) já teve banco e bunker
No subsolo, ficavam os cofres do banco, além de uma garagem e um bunker antiaéreo. Que tal?
Em 1943, na Rua Figueiredo Magalhães, número 46, em Copacabana, foi inaugurado o Edifício Paraguassú — nome que, em tupi, significa mar grande. Provavelmente, a escolha se deve à proximidade de poucos metros da orla do bairro.
Em seu amplo hall, havia, em um nicho na parede em frente à porta principal, uma estátua representando a indígena Paraguassú. Essa imagem desapareceu há décadas.
O prédio foi projetado e construído pelo Escritório Técnico Sylvio Reis & Adalberto Nogueira Ltda. Tem 10 pavimentos, com duas unidades por andar, sendo que o térreo foi ocupado, por anos, pela agência do Banco Financial Novo Mundo.
No subsolo, ficavam os cofres do banco (da marca Bernardini), que guardavam os valores dos correntistas, além de uma garagem para 13 carros e um bunker antiaéreo. Que tal?
Ao todo, são 18 unidades de três quartos, com cerca de 170 metros quadrados, e uma loja, que — depois da saída do banco — abrigou o Juizado de Pequenas Causas e, atualmente, é ocupada pelo restaurante e mercearia Tasca de Mel, aberto em outubro de 2024. Algumas características arquitetônicas do antigo banco ainda podem ser vistas no restaurante.
A fachada remete ao estilo Luís XVI. Quando inaugurado, o prédio foi entregue com revestimento em Cirex (composto de quartzo, cime06nto branco, cal, impermeabilizante e corantes minerais).
A serralheria foi executada por L. Castier, e as ferragens, por Lá Fonte. Já a colocação de cristais, vidros e espelhos ficou a cargo da Casa Garibaldi. Os pisos Parquet Paulista e os elevadores Atlas completam o interior luxuoso.
Atualmente, o edifício é administrado pela síndica profissional Malbina Charif (@malbinasindicaprofissional), que realiza um excelente trabalho na conservação e cuidado das áreas comuns.
O Paraguassú segue sendo um dos prédios residenciais mais importantes de Copacabana — um verdadeiro marco da elegância e da história do bairro.
“O Rio do meu coração”, por Narcisa Tamborindeguy
Roberta Damasceno: “Um sócio, uma organização e um marido”
Velozes e furiosos: pilotos dão show na 3ª edição do Drift Rio
A posse de Ana Maria Gonçalves: originalidade na ABL. Fotos!
CCBB recebe o Festival Gastronomia Preta com shows de Arlindinho e Olodum





