Produtora Renata Magalhães, viúva de Diegues, ganha prêmio em Paris
Longa “Aumenta que é Rock’n’Roll” é estrelado por Johnny Massaro e conta a história da Rádio Fluminense FM — a “Maldita”

Depois de oito dias, o 27º Festival de Cinema Brasileiro de Paris chegou ao fim, nesta terça (06/05), com público recorde de sete mil pessoas, premiando “Aumenta que é Rock’n’Roll”, dirigido por Tomás Portella e produzido por Renata Almeida Magalhães (também presidente da Academia Brasileira de Cinema e viúva do cineasta Cacá Diegues, 1940-2025), que ganhou o Troféu Jangada de Melhor Filme (júri popular) e o Prêmio do Júri Jovem.
O longa vencedor, estrelado por Johnny Massaro, George Sauma e João Vitor Silva, conta a história de Luiz Antônio (Massaro), um jovem que, inesperadamente, assume o comando de uma rádio falida e prestes a fechar. A partir desse desafio, nasce a Rádio Fluminense FM — a “Maldita” — primeira emissora dedicada exclusivamente ao rock no país, que marcou gerações a partir de sua criação em 1982.
O filme teve duas sessões e, em ambas, Renata participou de apresentações e de debates com o público. Ela recebeu o troféu das mãos de Dira Paes, a homenageada do festival, no histórico cinema parisiense L’Arlequin. “É um filme muito sincero que retrata a minha geração. Se passou numa época especial quando, no Brasil e em toda a América Latina, vivíamos o fim da ditadura militar. É um filme repleto de esperança”, disse Renata.
O festival, com curadoria de Katia Adler, é a principal vitrine do audiovisual brasileiro na Europa e mostrou 35 produções nacionais. Também estiveram no evento os atores Darío Grandinetti (“Um Lobo Entre os Cisnes”), Allan Rocha (“Um Lobo Entre os Cisnes” e “Vitória”), Bárbara Luz (“Ainda Estou Aqui”), Maria Fernanda Cândido (“A Paixão Segundo G.H.”), Silvia Buarque (“Mais Pesado é o Céu”), Júlia Spadaccini e Benedita Casé Zerbini (“90 Decibéis”), Roberto Bomtempo e Paulo Azevedo (“Sobreviventes”), e a atriz francesa Marina Foïs, madrinha do festival.