Palácio Capanema: o tapete vermelho na entrega da Ordem do Mérito Cultural
Teve até quebra de protocolo quando Lula sentou no chão ao lado do cantor gaúcho Ernesto Fagundes e da ministra da Cultura Margareth Menezes






















O evento de entrega da Ordem do Mérito teve uma hora de atraso, já que antes foi reinaugurado também o Palácio Gustavo Capanema, prédio restaurado pelo governo Federal, que virou uma espécie de tapete vermelho da cultura.
E com a presença do Presidente da República, tudo é muito protocolar, com etapas e longos discursos: eram 112 artistas e intelectuais e 14 instituições premiadas — o Mérito estava suspenso desde o último governo, em 2019.
São três graus de condecoração: Grã-Cruz (41), para as maiores distinções; Comendador (33), para contribuições de destaque; e Cavaleiro (37), para contribuições relevantes em suas áreas de atuação.
Fernanda Torres foi uma das homenageadas com a medalha Grã-Cruz, junto de Walter Salles e Marcelo Rubens Paiva, que também receberam, e relembraram Eunice Paiva, mãe do escritor, cuja história virou o filme “Ainda Estou Aqui”, ganhador do Oscar. “Vocês resgataram em muitos de nós o orgulho de torcer mais uma vez pelo Brasil”, disse o presidente. Marcelo ainda recebeu um selo postal em homenagem à sua mãe entregue por Lula.
Momento de quebra protocolar foi quando Lula falou que não caberiam todos os homenageados na foto coletiva; daí o cantor gaúcho Ernesto Fagundes (representando o pai, Bagre Fagundes, do grupo Os Fagundes) sentou no chão e o presidente copiou o gesto, assim como Margareth Menezes, ministra da Cultura.
Preta Gil, que está nos EUA em tratamento de um câncer, também foi homenageada (o pai, Gilberto Gil, a representou), assim como a produtora Flora Gil, como comendadora. Déa Lúcia recebeu pelo filho, o ator Paulo Gustavo; Malu Mader pelo marido, Tony Bellotto, em tratamento contra um tumor no pâncreas.
Por ali, Alcione, Alceu Valença, Arlindo Cruz, Milton Nascimento, Ney Matogrosso, Ary Fontoura, Laura Cardoso, Glória Menezes, Xuxa e muitos nomes que nem estão nas imagens pela concorrência dos fotógrafos.
A retomada da OMC teve participação popular e, durante 10 dias, o MinC recebeu 11.318 contribuições em formulários online com nomes de pessoas, instituições e coletivos de todo o Brasil — os segmentos mais indicados foram artes cênicas (26,5%), música (22,1%), literatura (12,2%), audiovisual (9,9%) e culturas urbanas (8,5%).
Veja a lista completa.