O Rio, os fuzis e as hábeis transações
Na última semana, o governador Cláudio Castro afirmou que 90% dessas armas vieram dos EUA
Até agora, foram mais de 100 fuzis apreendidos na trágica e megaoperação das polícias Civil e Militar no Rio nessa terça-feira (28/10) — os números ainda podem auementar.
Em coletiva, nesta quarta (29/10), o governador Cláudio Castro considerou a operação — que demorou um ano para ser planejada e dois meses para ficar “afinada” — um “sucesso”. Por enquanto, 119 mortos.
Na última semana, Castro afirmou que 90% dessas armas vieram dos EUA. “A grande forma que eles têm de fazer é, infelizmente, através do tráfico internacional de armas. As polícias do Rio apreenderam 15 mil armas no total no ano passado”, disse, lembrando que as armas entram no Brasil pelas fronteiras com Paraguai, Bolívia e Colômbia.
Segundo a Secretaria Nacional de Segurança Pública, 40% dos fuzis apreendidos no Brasil até agosto de 2025 foram encontrados no estado do Rio, e parte desse armamento é de uma estratégia de quadrilhas que importam peças e montam as armas. No ano passado inteiro foram 732 fuzis apreendidos — até então o recorde da série histórica. Em 2023 foram 492 apreensões.
Você sabe, claro, que o Rio não fabrica fuzis!
Apreensões recentes:
Em maio de 2025, 16 fuzis foram apreendidos em uma casa na Barra, avaliados em mais de R$ 1 milhão no mercado clandestino. Cada arma desse tipo, dependendo do estado de conservação e do número de carregadores, é comprada por traficantes do Rio por preços que variam de R$ 70 mil a R$ 100 mil. Uma planilha de contabilidade encontrada com a quadrilha de “Da Roça” (chefe do tráfico da Muzema) mostrou que, em apenas um ano, eles compraram mais de R$ 5 milhões em material bélico e drogas.
No dia 13 de outubro, a Polícia Militar prendeu um grupo de mais de dez milicianos na Colônia Juliano Moreira, em Jacarepaguá, com 12 fuzis, granadas e outras armas, avaliadas em aproximadamente R$ 1 milhão. O tenente-coronel Leonardo da Silveira disse que os criminosos tinham envolvimento com disputas pelo controle de territórios no Morro Dois Irmãos, em Curicica, e na Colônia.
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