O impacto psicológico da violência no cotidiano carioca
Sensação de sítio, clima de guerra e insegurança por toda parte, com doses de fake news ampliando a ansiedade coletiva
 
							O faroeste urbano não é novidade para cariocas e fluminenses, mas, nesta terça (28/10), a megaoperação das polícias Civil e Militar nos complexos do Alemão e da Penha foi a mais letal da história da cidade, com 64 mortos (até agora) e 93 fuzis apreendidos, segundo balanço parcial.
Entre os reflexos, uma cidade em pânico: sensação de sítio, clima de guerra e insegurança por toda parte, com doses de fake news ampliando a ansiedade coletiva. O rush começou quatro horas mais cedo, mesmo com autoridades tentando conter o caos. “Não dá pra aceitar a cidade virar refém, com a população aterrorizada. Precisamos de comando claro, de autoridade para resgatar o respeito. A população é muito maior do que grupos que tentam espalhar o terror. O negócio é não acreditar em notícias falsas”, afirmou o prefeito Eduardo Paes, de plantão no Centro de Operações Rio.
Não se pode negar que o alarde e as fake news são armas quase tão potentes quanto fuzis, quando usadas de má-fé. A psiquiatra Maria Francisca Mauro, pesquisadora da UFRJ e palestrante em Saúde Mental, costuma falar sobre os efeitos psicológicos da violência urbana.
“Há um convite para respirar na cidade mais maravilhosa, em alguns bairros — em especial da Zona Sul —, temos uma ‘respiração sob controle’. Vivemos nos redutos mais seguros, com um nível de tensão e uma constante vigilância. Não se pode ‘dar mole’. Em outros cenários da cidade, a violência não pede passagem. Acontece com maior frequência e faz parte da rotina, pois não há escapatória de circular na Avenida Brasil ou em áreas dentro ou próximas de conflitos. Há o elemento fundamental da sobrevivência”, avalia.
E segue: “As consequências são um nível maior de ansiedade de acordo com o local por onde se circula, acrescida, para os que passam por um episódio de violência mais marcante, de sintomas agudos de estresse pós-traumático — em que a pessoa fica rememorando as cenas e pode ter dificuldade para manter suas atividades, insônia e até uma paralisação emocional. Não é fácil balancear a violência com uma paz mental, um desafio que, em alguns casos, pede suporte profissional de psicólogos e/ou psiquiatras.”
 
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