“O Agente Secreto” no Rio: chegou a vez do representante no Oscar
Fora da sala, batalha de decotes: Leticia Colin e Alice Carvalho eram a direção dos flashes














Chegou a vez do tapete vermelho mais esperado do Festival do Rio, nessa terça (07/10), com sessão de “O Agente Secreto”, de Kleber Mendonça Filho, lotando o Cine Odeon — representante do Brasil no Oscar. Plateia animada e elenco ansioso.
Mais uma vez, nos bastidores, o “Quem matou Odete?” estava no ar — Bella Campos, intérprete de Maria de Fátima, uma das suspeitas de matar a vilã de “Vale tudo”, estava no evento e, assim como todos, não sabe de nada. No seu 4º dia de folga, ela só quer saber do seu apartamento, compra recente por esse trabalho.
Kleber Mendonça Filho, diretor do longa, não estava por lá por compromissos com a divulgação na Europa, mas enviou uma mensagem por vídeo, e foi representado pela mulher, a produtora Emilie Lesclaux (eles trabalharam juntos também em “Bacurau” e “O Som ao Redor”).
Wagner Moura, o protagonista, estava. “Quando eu cheguei de Salvador, eu comprava cinco, seis ingressos para ficar o dia inteiro vendo filme no Festival do Rio. De alguma forma, esse festival formou a minha cabeça como pessoa que gosta de cinema, que ama o cinema”, disse o ator.
Fora da sala, batalha de decotes: Leticia Colin e Alice Carvalho (que também integra o elenco) eram a direção dos flashes. “É muito especial esse encontro com o público brasileiro. Estou mais nervosa aqui do que estava na estreia em Cannes (na França)! Aqui ganha outro significado”, disse Alice, que vive Fátima, professora universitária, mulher do personagem de Moura.
Também teve destaque um item cenográfico: uma perna humana morta, parte essencial da trama – foi encontrada dentro da barriga de um tubarão no filme, uma referência à “Perna Cabeluda”, lenda urbana recifense que Kleber transformou em metáfora visual sobre os crimes da ditadura militar. O cinema pernambucado sabe brincar com o absurdo.