Nelson Motta DJ: não foi uma experiência isolada
Produtor nunca pensou que poderia, aos 80 anos recém-comemorados, virar DJ
Nelson Motta tem muitos dons: jornalista, empresário, escritor, compositor e produtor; no entanto, nunca pensou que poderia, aos 80 anos recém-comemorados, virar DJ.
Ele foi sócio de cinco boates que fizeram história no Rio, dentre as quais, Dancin’Days e Noites Cariocas. Nesse fim de semana, tocou na festa “Gudinaite”, no Maguje, Jardim Botânico. Foi a segunda, digamos, incursão na “nova profissão”; a primeira foi em outubro. Gostou tanto que falou sobre o assunto em sua coluna ao “O Globo”, em setembro.
A “Gudinaite” foi criada pela jornalista Patrícia Parenza e pelo cineasta Diego de Godoy, ambos gaúchos, inspirada nas discotecas dos anos 70, que geralmente acontece das 18h à meia-noite, em Porto Alegre, todo 2º sábado do mês e com edições no Rio e SP, uma alternativa para o público 50+ que ainda ama uma festa, mas não quer a jogação noturna.
“Quando a Patrícia me convidou, levei na brincadeira, mas segui a máxima da ‘filósofa’ Rita Lee, ‘brinque de ser sério, leve a sério a brincadeira’, e me dediquei bastante a montar uma playlist que alegrasse e divertisse o pessoal dessas gerações (solteiros, casados e animados) que lotam a Gudinaite”, escreveu Motta, que costumava sempre ficar nas cabines do DJ, onde assistia ao lendário Dom Pepe (o amigo de quem sente mais falta, morto em 2008, como contou em entrevista à coluna) trabalhar e ouvindo seus comentários sobre a pista.
No repertório de Nelson, David Bowie, Chic, Tim Maia, Jorge Benjor, Barry White, Cindy Lauper e outros da época. E tem até playlist no seu perfil no Spotify, como a Gudinaite, aberta ao público.
A próxima no Rio, só no ano que vem.