Na Lapa, longe do metanol: a casa que é destilaria
No Rio capital, destilaria é quase peça de museu

Se a roleta russa do metanol anda assustando os bares e restaurantes do Rio, há pelo menos um lugar que se pode brindar tranquilo: a Destilaria Maravilha, na Lapa, aberta no fim de março.
Os sócios — o produtor cultural Caio Bucker, os empresários Duda Gaspar, Eduardo Boccaletti, Larissa Lopes e Laurent Rinaudo, junto ao químico Celso Verissimo — avisaram em suas redes que a casa é responsável pela própria produção de cachaça, gin e vodka.
As bebidas da Maravilha têm registro oficial no MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento), com insumos comprados com nota fiscal e laudos de análise — nada de improviso químico. “É uma situação super chata e preocupante, mas nós produzimos nossos próprios destilados. Nessa quinta (02/10), a casa bombou de pessoas que sabem que temos esse compromisso e seriedade com a produção”, conta Caio, que também é DJ mensal da casa.
Caio também é curador do Teatro Prio, entre outros eventos e projetos culturais, e toca, neste sábado (04/10), na festa Puro Suco, abrindo o show da banda Fat Family, no BCo, na Zona Portuária.
No Rio capital, destilaria é quase peça de museu. Tirando a Maravilha, existe apenas uma, e de cachaça — a MaxCana, em Guaratiba, fundada nos anos 1980. O resto, tudo no interior, em fazendas espalhadas pelo estado, como a Amázzoni Gi, a primeira destilaria do Brasil com alambiques específicos para a bebida. Há também a OFF RIO Destilaria, que foca em destilados inovadores e de alta qualidade, e a Draco Destilaria, com seu foco em gins diferenciados.
