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Lu Lacerda

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Jornalista apaixonada pelo Rio

Moradores do Alemão fazem filme inspirado em música de Chico Buarque

“É o Complexo” vai ter sessão no CineCarioca Nova Brasília, na segunda (12/05), às 19h

Por lu.lacerda
Atualizado em 6 Maio 2025, 14h01 - Publicado em 6 Maio 2025, 13h00
Chico Buarque
Chico Buarque é inspiração para cineastas do Complexo do Alemão  (Daryan Dornelles/Divulgação)
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Vinicius Coimbra durante as gravações no Alemão
Vinicius Coimbra durante as gravações no Alemão (Reprodução/Divulgação)

O CineCarioca Nova Brasília, no Complexo do Alemão, vai apresentar sessão de “É o Complexo”, na segunda (12/05), às 19h, filme feito por atores, roteiristas e alguns técnicos da comunidade. O longa abre uma trilogia criada pelo diretor Vinícius Coimbra, inspirada em músicas de Chico Buarque — neste caso, “Meu Guri” é o ponto de partida da trama gravada na Favela do Engenho da Rainha, na Zona Norte do Rio (trecho da letra diz “pulseira, cimento, relógio, pneu, gravador. Rezo pra ele chegar cá no alto, essa onda de assalto está um horror. De repente acordo, olho pro lado, e o danado já foi trabalhar, olha aí, olha aí, ai é o meu guri…”).

Coimbra conheceu a história ao ver na Internet a websérie de mesmo nome, dirigida  por Gabriel Machado, codiretor do filme, há três anos.

“Fiquei muito bem impressionado com os talentos que vi ali, apesar dos pouquíssimos recursos que tinham. Achei que poderia contribuir e entrei em contato com os produtores. Propus rodar a história novamente, com equipamentos mais modernos e minha experiência, usando algumas cenas da websérie e acrescentando outras, mas mantendo os atores e seus personagens. Minha intenção era fazer um filme com eles e para eles”, conta Coimbra.

Depois da experiência, o diretor viveu uma espécie de transformação ao ver de perto as dificuldades dos moradores da região. Coimbra trabalhou por 23 anos na TV Globo, começando em 2002, dirigindo novelas como “Desejos de Mulher” (2002), “Celebridade” (2003), “O Profeta” (2006), “Novo Mundo” (2017) e “Lado a Lado” (2013), vencedora de um Emmy.

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“As cenas foram criadas por eles, porque essa realidade não é a minha — eles são muito talentosos. Todos os diálogos foram improvisados a partir das suas próprias vivências. É uma realidade que precisa ser iluminada e debatida. As classes privilegiadas viram as costas para questões que acabam retornando para elas próprias”, diz ele.

O filme deve ser lançado em junho e distribuído em uma plataforma de streaming.

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