Livro revela Dom Pedro II: menos coroa, mais cérebro e bom senso
Publicação foi organizada por João de Orleans e Bragança (trineto do imperador) e pela pesquisadora Chiara Ciodarot
No bicentenário de Dom Pedro II, surge um livro daqueles de fazer historiador suspirar: com acervo raro, diários, cartas, anotações e discursos — tudo organizado por João de Orleans e Bragança (trineto do imperador) e pela pesquisadora Chiara Ciodarot. O lançamento foi nessa terça (02/12), na Travessa de Ipanema.
“Dom Pedro II por Dom Pedro II”, segundo os organizadores, vai bem além da figura solene dos livros de História e promete revelar um Dom Pedro íntimo, curioso, inquieto, atento ao mundo e apaixonado pelo saber, com reflexões que abordam temas universais e eternamente atuais: educação, saúde pública, escravidão, corrupção, política, administração do Estado, liberdade civil… basicamente, o Brasil de ontem estudando o Brasil de hoje.
Dom Pedro reinou durante 49 anos (1840–1889) e morreu no exílio, em Paris — mas, lendo as cartas e diários, dá para imaginar que, se estivesse vivo, talvez estivesse de olho no WhatsApp.
Em uma das cartas para a filha, a princesa Isabel, ele já falava da necessidade de leis para garantir eleições justas, coibir fraudes e assegurar representação — um recado direto para nossos dias. E também acreditava que a educação pública era “a principal necessidade do povo”. E continua sendo….
“É um livro muito bem feito, com uma ideia interessante, com textos dele e eu trouxe isso pra hoje, da correção, da ética, do respeito ao Brasil, coisa rara hoje em dia. A maior parte do meu trabalho foi trazer o interesse político dele, contra a meritocracia no serviço público, entre outros… E le era contra o aumento de deputados e senadores, favorável à liberdade de imprensa, que descrevia como a melhor vigia do monarca. É impressionante”, diz João.
Para quem mora no século XXI e vive de ver promessas, fake news e despesas públicas “astronômicas”, ler um imperador que pregava responsabilidade, educação ampla e honestidade administrativa — e que, mesmo no século XIX, já dava provas de bom senso — é um banho de realidade.
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