Imagem Blog

Lu Lacerda

Por Lu Lacerda Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Jornalista apaixonada pelo Rio

La Peña sobre caso Léo Lins: “É diferente de xingar alguém de macaco”

“Piada não é realidade, piada é ficção. É diferente de você praticar um discurso de ódio", diz Hélio de la Peña

Por lu.lacerda
Atualizado em 4 jun 2025, 17h51 - Publicado em 4 jun 2025, 17h30
Helio de la Peña defende humorista Léo Lins de acusações e condenações
Helio de la Peña defende humorista Léo Lins de acusações e condenações  (./Divulgação)
Continua após publicidade

No Brasil polarizado, a condenação do humorista Léo Lins — a oito anos e três meses de prisão, além do pagamento de multa equivalente a 1.170 salários-mínimos (em valores da época da gravação, em 2022), e de indenização de R$ 303,6 mil por danos morais coletivos — também divide opiniões. Ativistas aplaudem a Justiça e a maioria dos comediantes e grande parte dos brasileiros defendem o direito de expressão, entre eles, Hélio de la Peña.

“Piada não é realidade, piada é ficção. É diferente de você praticar um discurso de ódio num estádio, ou num condomínio, ou na rua, xingar alguém de macaco, por exemplo. Quando você tá fazendo um show de humor, por mais que você esteja num show de stand-up, de cara limpa, o sujeito que está ali é um personagem”, diz Hélio à coluna.

No show “Perturbador”, publicado no YouTube em seu perfil, com mais de 3 milhões de visualizações, Lins faz piadas contra negros, idosos, obesos, pessoas com HIV, homossexuais, indígenas, nordestinos, evangélicos, judeus e pessoas etc. Numa das piadas, ele diz “o negro reclama que não tem emprego, mas, quando era escravo, já nascia empregado e também reclamava”.

“Muitas vezes, o humorista está ali superextravagante, extrovertido no palco. Quando acaba tudo, ele é uma figura tímida, uma figura completamente diferente daquele personagem que ele encarna para entreter as pessoas. Ficção não é realidade. Dessa forma, a gente teria, por exemplo, que de repente prender a Débora Bloch ou o Gilberto Braga por terem, os dois, criado a Odete Roitman, que pratica um discurso de ódio, que é preconceituosa, racista e tudo mais. Mas as pessoas têm plena consciência de que aquilo é ficção. Humor também é ficção. Como diria Millôr Fernandes, ‘nenhum humorista atira para matar’”, conclui.

A defesa do humorista sustenta que, em nenhum momento, houve intenção de ofender, discriminar ou diminuir qualquer grupo, sendo um conteúdo ficcional e humorístico, e não um discurso de ódio.

Publicidade

Essa é uma matéria fechada para assinantes.
Se você já é assinante clique aqui para ter acesso a esse e outros conteúdos de jornalismo de qualidade.

Impressa + Digital no App
Impressa + Digital
Impressa + Digital no App

Informação de qualidade e confiável, a apenas um clique.

Assinando Veja você recebe mensalmente Veja Rio* e tem acesso ilimitado ao site e às edições digitais nos aplicativos de Veja, Veja SP, Veja Rio, Veja Saúde, Claudia, Superinteressante, Quatro Rodas, Você SA e Você RH.
*Assinantes da cidade do RJ

A partir de 35,90/mês

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.