Jorge de Sá sobre os 60 socos: “Brasil é fábrica de monstros emocionais”
"O nome daquilo não é claustrofobia — é crime, covardia, tentativa de homicídio", diz Sá
 
							“Você pode ter visto as imagens, mas entendeu o que está por trás? Um jogador da Seleção Brasileira de Basquete 3×3 espancou a namorada, e não foi um desconhecido — foi um atleta ‘representante do país’. Um homem formado dentro do sistema que a gente idolatra, mas não questiona. Agora eu pergunto: quem ensinou ele a sentir? Quem ensinou ele a ouvir? Quem ensinou ele a ser homem? Ninguém. Porque, no Brasil, a gente forma máquinas, mas não forma seres humanos”, disse Jorge de Sá, ex-jogador de basquete pelo Flamengo e empresário de agência de intercâmbio esportivo, sobre o caso de violência envolvendo Igor Eduardo Pereira Cabral, ex-atleta profissional de basquete, e a namorada, Juliana Garcia dos Santos, em Natal, Rio Grande do Norte, com as cenas dos 61 socos dados num elevador.
E continua: “A escola reprova quem sente. O esporte ignora quem sofre. A masculinidade manda calar. E a sociedade aplaude quem vence — mesmo que esteja podre por dentro. O nome daquilo não é claustrofobia — é crime, covardia, tentativa de homicídio. Se normalizar isso no Brasil, o próximo agressor vai chamar de ataque de pânico. Se 60 socos viram atestado médico, já não tem nem mais lei neste país”, disse ele em seu perfil.
Na juventude, Jorge foi atleta do rubro-negro e também jogou no “High school”, o Ensino Médio nos Estados Unidos, mas não seguiu carreira. Tornou-se comentarista do esporte; entre 2015 e 2018, trabalhou no Sportv, e agora faz vídeos em suas redes, com análises de jogos da NBA.
“Esse caso escancarou o que muitos fingem não ver: a masculinidade brasileira virou uma fábrica de monstros emocionais. O esporte virou um depósito de frustrações, e o futuro dos nossos meninos está sendo esmagado em silêncio. Enquanto isso, segundo recentes pesquisas, 45% dos jovens abandonam a escola; 70% das mulheres já sofreram violência de parceiros; 0,04% dos atletas viram profissionais. O resto sai da quadra frustrado, com raiva, sem diploma e sem futuro, vira estatística, agressor ou sonho morto, uma fábrica de descontrole”, avalia Sá.
 
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