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Lu Lacerda

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Jornalista apaixonada pelo Rio

“Invertida”, com Vera Fischer: “Tenho ideia fixa em ser rica”

A atriz está em turnê com a peça "O Casal Mais Sexy da América", com Leonardo Franco e Vitor Thiré, que já passou por RS, SC, PR, BH e Brasília

Por lu.lacerda
24 ago 2025, 07h00
vera fischer
 (Callanga/Divulgação)
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Desde 1969, quando eleita Miss Brasil, Vera Fischer continua atemporal, conhecida pelas gerações X, Y, Z e as mais que vierem, todos interessados no que ela diz, pensa, fala. Atenta ao passado e ao futuro, se antes era o símbolo sexual de um país, hoje, aos 73, se diz feliz solteira (desde 2004, mas estar solteira não significa estar sozinha), na companhia de dois gatos. Tem falado sobre etarismo, beleza e tecnologia, sempre autêntica, sincera e sem gentilezas postiças, se é que que você me entende!

Em turnê com a peça “O Casal Mais Sexy da América”, com Leonardo Franco e Vitor Thiré, que já passou por RS, SC, PR, BH e Brasília, agora vai para SP, depois Santos, chegando ao Rio dia 17 de outubro, no teatro Clara Nunes, Shopping da Gávea, depois, Nordeste, em 2026.

No espetáculo, ela interpreta uma atriz de sucesso que, pela idade (70 anos), não consegue mais papéis. “Está sendo uma peça muito bem recebida. Desde a pandemia, o público do teatro quer ver os artistas ao vivo, e muitos estão fazendo teatro. Isso é fantástico. Comecei minha carreira com 20 e as novelas, com 26. Então, obviamente, muita gente não tinha nem nascido naquela época. Na pandemia, as pessoas começaram a procurar novelas, séries, programas comigo e ficaram interessadas. Hoje, quando apareço nas cidades, elas vão correndo assistir à peça e adoram. Ganhei novos fãs e muitos fãs-clubes de pessoas muito jovens, de 20 a 30 anos. Eles acompanham minha carreira, comentam todo dia no meu Instagram”, diz ela, com quase dois milhões de seguidores, e é quem controla as suas redes.

Ao perguntar sobre o papel mais marcante, responde de cara: “A Helena, de Manoel Carlos, em “Laços de família”, porque ela já nasceu heroína. Acho que nunca fiz uma personagem tão forte e tão real”.

Sobre o status de celebridade: “Sou uma pessoa muito simples: não tenho arrogância, não me sinto estrela, não me sinto nada de mais. À medida que o tempo vai passando, gosto cada vez mais da simplicidade, da minha casa, do meu trabalho, dos meus gatos, dos meus livros, da minha música, de ver os meus filmes. Eu vivi todas as décadas da minha vida com muita intensidade. Nesse exato momento, estou muito calma e, ao mesmo tempo, bastante cansada, porque trabalho muito. Viajamos muito com teatro, mas, ao mesmo tempo, é muito gratificante. E é claro que as pessoas me chamarem de deusa é uma glória; deusa, diva, qualquer coisa no sentido. Eu adoro isso. Muito melhor assim do que se fosse ao contrário, não é?”

Sobre namoro: “Eu solteiríssima. Aliás, eu sou solteira. Eu nunca me casei de verdade. Eu sempre morei com os meus maridos, ou eles moraram comigo. Então, eu tive dois, o Perry Salles (1939-2009, com quem teve sua primeira filha, Rafaela Fishcer, 46) e o Felipe Camargo (com quem teve Gabriel Camargo, 32). Os outros foram namorados. Então, eu realmente nunca tive vontade de me casar e tenho, hoje em dia, uma vontade imensa de sair com os meus amigos, ficar na minha casa. Gosto de ficar sozinha, gosto de cuidar da minha vida, de ter os meus horários, a minha rotina. Eu gosto de ter o dom, o poder de ser eu mesma, não gosto de ninguém mandando em mim, me dando opiniões, pedindo coisas, exigindo coisas, nada disso. Eu sempre fui muito sozinha, como a gente nasce e como a gente morre, é assim que eu sou. Gosto da companhia dos amigos, claro, dos meus filhos, mas é assim, cada vez estou mais seletiva. Tinha milhões de pessoas que frequentavam a minha casa porque eu dava festas homéricas. Hoje em dia, isso acabou totalmente. Eu saio muito pouco, com poucos amigos, e vou a lugares que me interessam muito, ou seja, peças de teatro, filmes, balés, óperas, vou a livrarias, a restaurantes. É isso que eu faço. Então, estou muito feliz comigo sozinha, a minha companhia é maravilhosa e, acima de tudo, me respeito e me amo muito”.

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Sobre uma possível volta à TV: “Tenho muita vontade de voltar a fazer algo na telinha, seja novela, minissérie, pode ser no streaming, qualquer coisa. Saudade não é a palavra certa, porque eu fiz tanta coisa maravilhosa, acho que fiz o melhor dos melhores. Realmente, meus personagens eram todos maravilhosos. O público lembra de todos e adora. E eu também. Sei que eu fiz um excelente trabalho em todos eles. Mas gostaria de poder voltar a fazer coisas para a minha idade atual. Sempre tive coragem, sempre me joguei muito e nunca tive medo de nada. Pode me oferecer qualquer coisa, desde que seja bom. Tem que ser intenso, pode ser ruim, bom, bonzinho, malzinho, pode ser irritante, pode ser trágico, qualquer coisa. Eu gostaria de fazer, sim. Eu gostaria que as pessoas pensassem que eu fiz muito sucesso na minha vida e posso continuar fazendo na televisão e no streaming”.

 Leia sua entrevista.

UMA LOUCURA:  Escalar uma montanha nevada no Canadá, em Whistler, que é uma das montanhas mais altas do mundo, para fazer ski. A gente subiu e desceu e teve que andar um pedaço. Era só um tal de escorregar, que ninguém parava mais. Eu achei que nunca ia chegar lá embaixo, que eu ia chegar morta.

UMA ROUBADA: Alguns trabalhos viraram ‘roubados’ porque você aceita, acha que são interessantes e acaba virando roubada. São alguns que não me lembro o nome.

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UMA IDEIA FIXA: Ser rica. E adoraria ter um teatro com o meu nome.

UM PORRE: Quando eu tinha de 14 para 15 anos, e ainda morava lá, em Blumenau. Nós fomos, eu com as minhas amigas, a um barzinho, em Camboriú; tomei 15 caipirinhas. Me levaram para casa desmaiada, mas consegui sobreviver.

UMA FRUSTRAÇÃO: Não é exatamente uma frustração, mas é. Gostaria muito de fazer mais cinema no Brasil; antigamente fiz bastante. Hoje em dia, as coisas mudaram muito, mas eu ainda adoraria que me chamassem para fazer mais cinema. É meio frustrante.

UM APAGÃO: Quando estava produzindo a peça “Desejo”, do Eudino Nil, com o Juca de Oliveira e Guilherme Fontes, nós tínhamos aula de corpo com a Débora Colker. Eram ensaios muito intensos, viscerais. Teve um dia que eu caí no chão e apaguei, desmaiei, e levou tempo para eu voltar à tona. Não foi nada grave, mas não é agradável. Depois disso, nunca mais aconteceu, mas, naquele momento, todo mundo ficou muito assustado.

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UMA SÍNDROME: Não tenho.

UM MEDO: Um medo profundo é o de perder meus filhos. Meus dois filhos são a única família que eu tenho. Perdi todo mundo já, então é um medo brutal. Toda vez que acontece alguma coisa, eu fico em pânico.

UM DEFEITO: Sou ansiosa demais. Sei que, hoje em dia, todo mundo é ansioso, mas eu tenho um grau de ansiedade que chega a ser absurdo. Quero chegar antes, fazer as coisas todas juntas, e tem que ser na hora. Não tenho paciência nenhuma. A ansiedade é uma coisa que me consome. Quero resolver tudo no mesmo minuto. Isso é um problema porque, às vezes, você não consegue fazer isso, né? Você tem que esperar mesmo, tem que ter o tempo certo. Mas isso é mal de família: ansiedade.

UM DESPRAZER: Já não sinto mais prazer em ficar no meio de muitas pessoas. Antigamente era maravilhoso ficar em festas abarrotadas, na Sapucaí, no carnaval. Adorava esse tipo de coisa; hoje em dia, isso é um desprazer. Quanto menos gente, melhor e, se for dentro de casa, melhor ainda. Ficar no meio do tumulto me dá agonia.

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UM INSUCESSO: Provavelmente fiz algum trabalho em que não tenha sido bem-sucedida. Mas insucesso é também quando você fica mais madura e não tem mais tanto sucesso quanto você tinha quando era jovem. Creio que as duas coisas existem.

UM IMPULSO: Como falei, sou muito ansiosa, e, consequentemente, muito impulsiva. Sou Sagitário com ascendente em Áries e lua em Escorpião. Áries é impulsivo, sai correndo, derruba pessoas, as coisas… Isso é da minha personalidade, eu sou ansiosa e impulsiva.

UMA PARANOIA: Não sei se isso é paranoia, mas eu realmente morro de medo de cobra. Estava rodando um filme em Paraty, com Ben Kingsley (“O Quinto Macaco”, anos 1990). Era um filme falado em inglês, e ele cuidava de animais. Eu era uma mulher muito rica, excêntrica, que tinha um zoológico cheio de bichos exóticos. E eu contratei o Ben para ser o cuidador desses animais. Ele andava sempre com uma cobra coral enrolada no pulso. E tinha uma cena, no final do filme, onde a gente se beijava. Claro que tiraram o veneno dessa cobra, mas, enquanto ele me beijava, a cobra saiu do pulso dele e entrou pelo meu cabelo e foi uma loucura. A cena ficou linda depois de pronta, mas o meu medo era mortal.

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