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Lu Lacerda

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Jornalista apaixonada pelo Rio

Invertida, com Charly Braun, diretor de “Caçador de Marajás”

A série, que estreou sem maior alarde na Globoplay no fim de outubro, rapidamente superou outras estreias e a crítica foi praticamente unânime

Por Daniela
23 nov 2025, 07h00
asdsa
 (./Divulgação)
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Carlos Braun, o Charly (apelido infantil que virou sua marca), nasceu no Rio, de mãe carioca e pai argentino, mas criou-se e mora em São Paulo. Venceu três vezes o Troféu Redentor no Festival do Rio: melhor curta por Quero Ser Jack White, melhor direção por seu primeiro longa, Além da Estrada, e melhor roteiro pelo segundo, Vermelho Russo, muito elogiado. Embora não seja sua primeira direção para TV e plataformas, Caçador de Marajás é a primeira série criada e inteiramente dirigida por ele, bem como sua estreia em documentários23

Charly é também ator de teatro (Os Sete Afluentes do Rio Ota) — no momento, em pausa — e de cinema (Meu Nome Não É Johnny). Ao ser perguntado se sua irmã, Guilhermina Guinle, teria influenciado sua escolha profissional, responde: “Acredito que sim, de alguma maneira ela abriu um precedente. Meus pais sempre tiveram amigos no meio artístico e são bastante ligados às artes em geral. Mas a Guilhermina ter se dedicado profissionalmente a uma carreira nas artes ajudou. Eu fui fazer teatro na escola, depois passei pro cinema, fiquei fazendo as duas coisas durante um tempo e hoje me vejo muito mais como diretor”, diz ele, que estudou cinema no Emerson College (Boston, EUA), sempre firme e delicado. Você, que tem mais de 40, veja Caçador de Marajás e diga quem estava por trás — bem por trás — da queda do Collor.

UMA LOUCURA: Ser cineasta no Brasil — mas não troco por nada. Se fosse falar de algo mais lúdico e impessoal, seria o carnaval carioca. Uma loucura necessária e potente, o maior show (e festa) da terra. Como diz Luiz Simas, o carnaval é o Brasil possível, da diversidade, da solidariedade. Amo demais!

UMA ROUBADA: Certa vez, no Uruguai — primeiro país do mundo a legalizar a cannabis — resolvemos fazer um bolo de maconha. Éramos muitos. Por sorte, comi pouco e saí com meu então namorado para uma festa. No meio do caminho, ele apagou. Eu não sabia que não há overdose por THC. Fui correndo ao hospital, achando que ele ia morrer! Horas depois, quando voltei à casa onde havíamos comido o bolo, descobri que o estrago havia sido enorme entre os demais também.

UMA IDEIA FIXA: Manter a autoralidade no meu trabalho, que por definição é coletivo e muitas vezes industrial. Nem sempre é fácil, mas tenho conseguido.

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UM PORRE: Aquela pessoa que acha razoável ficar de papo por mais de 15 minutos numa festa, lançando perdigotos em sua direção e falando de um assunto que absolutamente não te interessa. Gente que não sabe tomar um porre!

UMA FRUSTRAÇÃO: Não ter aprendido a tocar um instrumento quando era mais novo. Há algo de muito direto na maneira como a música toca o ser humano.

UM APAGÃO: Nas filmagens de Caçador de Marajás, houve uma diária em que eu entrevistaria duas personagens fundamentais para a história: os jornalistas Mário Sérgio Conti e Eduardo Oinegue. Passei a madrugada me preparando, revisando as perguntas, certificando-me de que, naquele tempo limitado, seria possível passar por todos os assuntos. Fui filmar praticamente virado. A entrevista com Mário Sérgio transcorreu muito bem. Paramos para almoçar. No meio da entrevista com Oinegue, o sono se apoderou de mim com uma força brutal. Em determinado momento, eu literalmente dormi. Acho que foram poucos segundos, mas me lembro de abrir os olhos e vê-lo me encarando em silêncio. Acho que ele não percebeu, mas morri de vergonha.

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UMA SÍNDROME: A da pós-verdade. Parece que os fatos importam menos — e suas fontes, menos ainda.

UM MEDO: Intrinsecamente ligado à síndrome da pós-verdade: a ascensão da extrema-direita, com a violência e o negacionismo que lhe são característicos.

UM DEFEITO: Às vezes sou um pouco crítico demais — o que significa que sou autocrítico também.

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UM DESPRAZER: O sentimento de angústia, especialmente aquele gerado por outros.

UM INSUCESSO: Trabalhar há tanto tempo, com razoável sucesso, e ainda não ter as condições ideais para produzir mais e melhor.

UM IMPULSO: Ter feito um filme na Rússia. Impulsos podem ser muito frutíferos. Infelizmente, tenho mais tendência a ser reflexivo e comedido.

UMA PARANOIA: Enlouquecer, ficar muito só, me relacionar com pessoas ruins.

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