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Lu Lacerda

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Jornalista apaixonada pelo Rio

“Invertida”, com Bárbara Paz (atriz): “Meu defeito é falta de autoestima”

Atriz e diretora volta ao Rio com a exposição “Auto-acusação”, no Instituto OM.art, de Oskar Metsavaht, no Jardim Botânico

Por lu.lacerda
11 Maio 2025, 07h00
barbara paz bob wolfeson
 (Bob Wolfeson/Divulgação)
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Diante de perguntas, observações, curiosidades das pessoas, a atriz e diretora Bárbara Paz volta ao Rio, com a exposição “Auto-acusação”. A abertura aconteceu nessa sexta (09/05), no Instituto OM.art, de Oskar Metsavaht, no Jardim Botânico, mesmo bairro onde a atriz mora, como publicado aqui.

“Auto-acusação” é formada por peças unidas pelos elos do desastre de carro sofrido por ela aos 17 anos: fotografias, vídeos e instalações. A exposição está sendo montada pela própria Bárbara — é como se ela, de algum modo, revivesse o acidente, sem que o tempo alterasse tudo que sentiu. Essa é a primeira mostra individual de Bárbara, que passou também por São Paulo e Lisboa.

Uma loucura: Amar demais. Mergulhar nesse oceano que é o desconhecido. Sentir tudo excessivamente, pois todas as coisas na verdade são excessivas. Me jogar numa, sem rede de proteção. Apenas viver e ser esse sentimento.

Uma roubada: Alimentar uma relação online, sem rosto, sem toque. Fantasiar, sim; se jogar, nunca.

Uma ideia fixa: De que a humanidade terá solução. De que o ser humano vai acordar e perceber que a crise climática é algo muito grave. E que cada “ser” vai acordar e se movimentar para ajudar o Planeta, cada um fazendo a sua parte.

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Um porre: Aquele que gostaria de não ter vivido: o porre da adolescência, aos meus 17 anos. Porre esse que me levou a fazer essa exposição, tantos anos depois. Esse porre está implícito nessas obras.

Uma frustração: De não ter entendido antes como é bom estar vivo! De não ter entendido antes que tudo tem seu tempo. De não ter entendido antes que amor não tem pressa (mas paixão tem). De não ter entendido antes, que tudo passa.

Um medo: Tenho medo de ficar sozinha. Mas, como diria Fernando Pessoa, ser poeta “é minha maneira de estar sozinha” (ainda que ser poeta não seja ambição minha).

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Uma paranoia: Tenho paranoia de colocarem coisas na minha bebida, sem eu saber.

Um desprazer: Falta de romance no sexo. Nos tempos em que vivemos, tempos online, nos afastamos cada vez mais do olho no olho, do toque, da pele. É um desprazer viver amores sem romance. O melhor de todos os sexos é quando algo transcende entre os corpos.

Um impulso: Impulso de falar o que penso. Apertar o “enviar” antes de ler de novo.

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Um apagão: O pior apagão é ter que deletar pessoas da sua vida. Apagar pessoas de dentro da gente não é o natural, mas têm humanos que não somam, não multiplicam; são de outra enfermidade. Esses precisamos afastar, apagar, para continuar nossa caminhada.

Uma síndrome: Síndrome do medo de não ter o que fazer! Meu nome é trabalho!  Síndrome do medo de não ser útil, produtiva, criadora.

Um insucesso: Insucesso é quando não estamos fazendo o que amamos… Sofremos demais, fazendo algo que não nos dá prazer.

Um defeito: Falta de autoestima.

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