Heberth Sobral X Herbert Richers: artista plástico ligado ao cinema
Ideia de nova mostra é criar capas e cartazes de filmes que ele gostaria de assistir e histórias que ele gostaria de contar

O artista plástico Heberth Sobral tem uma ligação forte com o cinema — além de adorar uma sala escura, leva a fonética do nome “Herbert”, do Richers, o empresário que fundou o principal estúdio de dublagem da América Latina. E, claro, vai usar isso a seu favor, com toda a criatividade: no início de 2026, produzirá a exposição “Versão brasileira Heberth Sobral”, brincando com a coincidência, até com o endereço, o Museu de Belas Artes, na Cinelândia, a “casa” do cinema Odeon (em obra há cinco anos, com previsão de ser entregue no fim de 2025). “Até vi uma IA que usa a mesma voz da abertura dos filmes dublados, ‘versão brasileira Herbert Richers’. Vou usar pra fazer essa chamada na mostra”, diz.
A ideia é criar capas e cartazes de filmes que ele gostaria de assistir e histórias que ele gostaria de contar. “Quero fugir do estereótipo usado nas artes cênicas, do nordestino fazendo o porteiro, do preto fazendo papel de traficante, porque isso sempre me incomodou. Estava na 5ª série, e a professora de teatro foi fazer o elenco de uma peça. Na trama, tinha um banqueiro que eu queria fazer de todo jeito, mas ela dizia que tinha um papel melhor pra mim, que era o de camelô. Bati o pé, e ela me mandou para o psicólogo, porque não entendeu. Vou fazer algumas versões de filmes que eu gostaria de ver, conversar com alguns atores; por exemplo, adoraria ver o Babu (Santana) fazendo um papel que não fosse de bandido”.