“Garota sangue bom”: a dança de Fernanda Abreu na escola onde estudou
"Eu e meu irmão estudamos a vida toda em escola pública e a educação musical é muito importante", disse Fernanda Abreu


A Escola Municipal Camilo Castelo Branco, no Horto, comemorou 60 anos com festa e convidou ex-alunos, nessa quinta (21/08), entre eles, o preparador vocal Felipe Abreu e a cantora Fernanda Abreu, irmãos que moraram a vida inteira no bairro.
Os dois levaram um álbum de vinil lançado com a turma quando estudaram ali. “Eu e meu irmão estudamos a vida toda em escola pública e a educação musical é muito importante. Tinha uma professora, a Dona Rachel, que era muito incrível. Ela incentivava a parte musical, a percepção musical, porque nem toda criança tem interesse e o jeito que ela dava aula marcou a vida das pessoas, ela trabalhava o ouvido e começou a incentivar a gente a compor, criou um coral e um festival de música com as composições dos alunos e gravamos um LP, com a capa feita pelo meu avô. Era tudo muito afetivo. O professor é muito importante, abre muito a cabeça, estimula a curiosidade e acho que o conhecimento vem da curiosidade. O feinho, daqui a pouco vira o gato da turma, porque a vida é mutante”, diz Fernanda – a professora Rachel estava muito bem representada pela filha, também ex-aluna, Bebeth Lissovsky.
Ela e os alunos fizeram uma coreografia improvisada de “Garota sangue bom” (1995), com professores e ex-alunos participando.
A escola, dirigida por Denise de Mello Calil, é conhecida pela arquitetura e cercada pela vegetação da Mata Atlântica. A Camilo atende mais ou menos 300 alunos do Ensino Fundamental II (do 6º ao 9º ano), além de uma turma de aceleração para estudantes que buscam posicionamento na sua faixa etária escolar.
Entre os temas presentes em projetos da escola, estão: cidadania, leis de proteção ao menor, sexualidade, racismo e homofobia, além de oficinas de percussão e educação ambiental com profissionais do Jardim Botânico.