Exposição de Bárbara Paz: transformando dor em arte. Veja fotos!

“A pele não é apenas a aparência enganosa das coisas, mas, como na conhecida asserção de Paul Valéry, aquilo que há de mais profundo. Nesta membrana que separa interior e exterior residem as marcas por onde se desvelam os entrecruzamentos entre passado e presente”, diz o texto da curadora de arte Luísa Duarte sobre a mostra “Auto-acusação”, da atriz e diretora Bárbara Paz, de volta ao Rio, no Studio OM.art, no Jardim Botânico, com inauguração nessa quinta (08/05). E virou uma festa.

Teve performance da atriz junto à cantora lírica Ana Paula Brito com “Ave Maria” à capela, uma das obras mais populares de Schubert, que arrepiou até o fio de cabelo mais escondido.

Nessa 1ª individual de Paz constam  vídeos, fotografias, instalações e performances construídas a partir das cicatrizes da própria artista, que usou como material alguns elementos que passaram por sua vida depois do acidente de carro aos 17 anos, entre fotografias, vídeos e instalações, usando cacos de vidro, o ponto de sutura que a costurou, os cabelos e a maquiagem que ajudaram a esconder as cicatrizes no rosto, tudo como uma reflexão sobre o corpo e os diferentes “eus” que moram nela – e em todo mundo.

O título é de uma peça do dramaturgo austríaco Peter Handke, da coletânea “As Peças Faladas”, que está incluída na mostra através de imagens de uma boca falante, que vai além das artes visuais. Até 16 de junho, semanalmente, Bárbara fará uma apresentação de performance relacionada ao conteúdo da obra acompanhada por uma artista convidada, com programação que será divulgada ainda.

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