“Esperando Godot”: no hall do teatro, boneco do dramaturgo Zé Celso
Foi a última montagem dirigida por Zé Celso Martinez (1937-2023) para o Teatro Oficina. Veja fotos!
José Celso Martinez Corrêa morreu ano passado, mas, segundo convidados da estreia de “Esperando Godot”, nessa quinta (28/11), no Teatro Carlos Gomes, Centro, ele estava todinho lá.
Foi a última montagem do dramaturgo, baseada na obra-prima do irlandês Samuel Beckett (1906-1989) e uma das peças mais importantes do teatro do absurdo.
Zé recebia todos através de um boneco caracterizado como o personagem Vladimir, um dos palhaços, segurando uma marionete dele mesmo, além de figurinos, imagens e objetos pessoais que tomaram o hall do teatro; todos, contagiados pela “loucura” feliz de Zé.
No papel do fundador do Teatro Oficina, Alexandre Borges, convidado pelo próprio Zé Celso, em 2022, comemorando o retorno à companhia 30 anos depois de sua primeira passagem pelo grupo, aos 27 anos, em 1993, quando ele interpretou o rei Cláudio, em “Hamlet”, de Shakespeare.
Também no elenco Marcelo Drummond (Estragão), viúvo de Zé (ficaram casados por 37 anos), Ricardo Bittencourt (Pozzo), Roderick Himeros (Lucky) e Tony Reis (Mensageiro).
Depois da morte do dramaturgo, a Companhia Teatro Oficina Uzyna Uzona já apresentou o espetáculo em Portugal, em outubro passado, e a estreia no Rio é, segundo Marcelo, “uma homenagem a Zé”. Desde então, também não mudaram absolutamente uma linha de tão redondo e tão presente na atuação de todos.
A lista de convidados foi assinada pelos produtores e empresários Liège Monteiro e Luiz Fernando Coutinho.