Entre o Parque da Tijuca e a ABL: Marina Silva planta árvores e reflexões
Agenda da ministra teve mãos na terra e palestra na ABL







Marina Silva, ministra do Meio Ambiente, foi a convidada especial do cineasta Estevão Ciavatta para plantar 1.000 mudas nativas no Parque Nacional da Tijuca, em uma ação que faz parte do calendário do “Mutirão COP30” e também celebra os 25 anos da Pindorama Filmes.
“Nosso compromisso é desmatamento zero até 2030 em todos os biomas. E não é só não desmatar, é também usar com sabedoria o que pode ser usado com a bioeconomia e preservar o que deve ser preservado e regenerar o que já foi destruído, que é o que nós estamos fazendo hoje aqui”, disse Marina, já com as mãos na terra.
No discurso de Ciavatta, ficou claro que não é só simbólico: a Pindorama, fundada em 2000, neutraliza sua emissão de carbono desde 2007 e já plantou mais de 35 mil árvores em diferentes projetos. “É preciso olhar para os negócios com ética, coragem e sustentabilidade”, disse ele.
A ação “Dá Pé – A COP 30 É Aqui”, ligada a esse evento, inclui ainda o lançamento de salas imersivas (como a sala “Fogo”, em Belém), exposições, produções em realidade aumentada e obras que tenham a ver com o debate climático global.
No mesmo dia, Marina esteve na ABL, para uma conversa com os imortais Míriam Leitão e Ailton Krenak, “A COP de Belém na ABL”, com coordenação do presidente Merval Pereira. Foram discutidas a ausência de ONGs em Belém, que pode enfraquecer as negociações na COP; a contradição de o Brasil abrir novas frentes de petróleo enquanto discute a substituição dos combustíveis fósseis; o impacto da saída dos EUA do Acordo de Paris e da ausência do país na COP30; o protagonismo dos índios na Amazônia e a implementação das metas climáticas, nos desafios de financiamento e nos efeitos já sentidos da crise do clima.
No evento, o imortal Augusto de Lima, considerado o pai do Código Florestal Brasileiro, foi homenageado. Fernanda Montenegro estava na plateia e também desejou sorte para a ministra na COP.