Dos 85 vereadores e secretários, apenas um é ritmista na Sapucaí
Diego Vaz, o Didi, secretário de Conservação, toca na bateria da Portela


Diego Vaz, o Didi, secretário de Conservação, assim como o chefe Eduardo Paes, tem paixão pelo carnaval.
Ex-subprefeito da Zona Norte e eleito vereador pelo PSD ano passado, ele é o único dos secretários (são 34 no total) e colegas de Câmara (51) que toca numa bateria de escola de samba. A Portela, claro.
Mas, diferente de Paes, o coração dele não bate 100% pela azul e branco: “A Bateria da Tabajara do Samba, com o Mestre Nilo, é como uma família. É meu 4º ano como ritmista e, por isso, seria impossível a não vinculação com a Portela. A escola onde frequento quadra, barracão, fiz campanha política, aniversário e tenho amigos desde o porteiro à presidente, do meu coração, é a Imperatriz Leopoldinense”, diz.
Essa história é antiga, desde quando os pais colaboravam com a escola Em Cima da Hora, do bairro de Cavalcanti. Já na faculdade, as aulas de sábado conflitavam com o bloco Furukuteu, tradicional da ZN, no Jacaré, onde pegou um surdo de terceira mão para aprender. Depois fez a oficina do Mestre Gabriel Policarpo (@batuquebatooficial) e assim vai.
“Quando cheguei na Portela, já como subprefeito, fui direto para a bateria. O Prefeito jura que sou 100% ‘peixe’ por indicação dele ao mestre Nilo. Ai de mim se falar o contrário (rsrsrsrs)”.
No ano passado, Didi desfilou em 11 escolas na bateria, algumas tocando, mas a maioria como apoio, carregando instrumentos, água ou indicando bossas aos ritmistas. “Todo ano digo que vou pegar mais leve, mas não resisto. Não sou muito fã de camarotes. Meu lugar é na Avenida”, pontua.
“A secretaria de Conservação fez uma parceria com a direção de harmonia da Portela para o início do desfile, juntando a exaltação a Xangô e o Dilsinho cantando Milton Nascimento no esquenta da bateria, que promete tocar muita gente”.