De Cazuza para Ney Matogrosso: “Paizinho, te adoro!”
No Dia dos Namorados, um amor que sobrevive ao tempo vai ser parte da exposição “Cazuza exagerado”

No Dia dos Namorados, um amor que sobrevive ao tempo vai ser parte da exposição “Cazuza exagerado”, em 1.500 metros quadrados no terraço do Shopping Leblon, no bairro que foi palco e inspiração de parte da vida do poeta e cantor.
A curadoria é de Ramon Nunes Mello, também organizador dos livros “Cazuza — Meu lance é poesia” e “Protegi teu nome por amor” (fotobiografia), lançados no ano passado, que diz à coluna uma das curiosidades ao organizar a mostra.
“Quando comecei a organizar, estreou o filme ‘Homem com H’. E quando conversei com o Ney, ele lembrou que tinha um álbum do Cazuza autografado, o ‘Burguesia’ (1989), último disco, escrito ‘Paizinho, te adoro! Beijos, Cazuza’, que era a forma que ele chamava o Ney quando se conheceram, porque ele era mais velho, 39 anos, e Cazuza, 17 (o relacionamento amoroso veio depois de alguns anos)”, diz Ramon.
Ney já cansou de contar que esse período foi uma “paixão arrebatadora, um amor maior que o namoro” — tanto que a relação durou pouco, mas o amor, a vida inteira.
Fazem parte da exposição: fotos (mais de 500 de 50 fotógrafos), objetos, uso da inteligência artificial e hologramas, manuscritos, fotos raras e documentos originais, cedidos por Lucinha Araújo, para contar a história do filho, Agenor de Miranda Araújo Neto. Outro detalhe da mostra: Emilio Dantas, Júlio Reis e Daniel Oliveira, atores que interpretaram Cazuza no teatro e no cinema, gravaram a leitura do poema “Cineac Trianon”, nome que ele dava à casa da família em Petrópolis, onde fazia reuniões e festas com amigos.