Cortisol, empáfia e malas no chão: a saga de Piovani contra a TAP
Depois de Ingrid Guimarães, agora Luana: quando atrizes viram símbolo de passageiros lesados

A atriz Luana Piovani usou a boca no trombone como arma e, desta vez, o motivo foi o impedimento de embarque em um voo da TAP Air Portugal, que sairia de Nova York para Lisboa na última sexta-feira (01/08). Segundo Piovani, mesmo com o bilhete comprado, seu nome foi retirado da lista de passageiros, e ela só conseguiu embarcar horas depois, em outro voo.
“Até quando nós seremos tratados desta maneira? Pagamos caro por serviços cada dia piores e perdemos mais direitos. Nós vivemos um terror nos aeroportos com as cias aéreas”, que, como de costume, registrou detalhes com precisão — nomes, horários e atitudes — e deixou claro que, apesar da indignação e do estado de nervosismo, disse não ter xingado ou ofendido absolutamente ninguém.
A artista só falou publicamente depois de “processar o que aconteceu”. Segundo ela, os funcionários da companhia aérea informaram que não constava pagamento pelo bilhete, de 4 mil euros (cerca de R$ 25 mil). “Fiquei sentada com minhas malas digerindo aquele fel e cortisol. Falaram que não houve pagamento e a fila me olhando como se eu estivesse dando um golpe na TAP. E os atendentes dizendo que eu estava atrapalhando o trabalho deles”, relatou.
Ela só conseguiu embarcar às 18h40, quando finalmente fez o check-in, depois da chegada de uma supervisora. “Ela chegou com empáfia, ríspida, como se eu fosse uma louca. Até quando a gente vai receber esse tipo de tratamento?”
No desabafo, Piovani também fez um alerta sobre a desigualdade no acesso à informação e aos direitos do consumidor em contextos como: “Isso porque eu estava na executiva e falo relativamente bem inglês, estava debatendo com as pessoas. Imagina uma pessoa que não tem dinheiro pra comprar outra passagem, ou não fala inglês, ou fica nervosa na hora?”
A atriz lembrou ainda o caso de Ingrid Guimarães, que em março teve problemas semelhantes com a American Airlines, sendo rebaixada de classe. “Será que eu fui mais uma mulher acima de 40 anos, solteira, escolhida para me dar mal?”, questionou.
No fim, a agência de viagens da atriz teve que comprar outra passagem para o mesmo dia. Ainda assim, Piovani anunciou que vai entrar com ação judicial contra a TAP e contra a empresa terceirizada responsável pelo atendimento no aeroporto JFK, em Nova York.
A atriz finalizou com uma sugestão: a criação de uma associação ou sindicato de viajantes e consumidores, para proteger os passageiros contra abusos desse tipo. A ideia já ganhou apoio nas redes sociais.