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Lu Lacerda

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Comunicação Não Violenta, por Marie Bèndelac

Três estratégias para evitar o desgaste durante conversas difíceis

Por lu.lacerda
4 nov 2024, 15h41
Marie Bèndelac, especialista em Comunicação Não Violenta
 (Arquivo pessoal/Divulgação)
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Durante décadas, conduzir conversas difíceis sempre foi um desafio significativo para mim, especialmente quando as minhas emoções ou as emoções do outro estavam à flor da pele.

A Comunicação Não Violenta (CNV), desenvolvida por Marshall Rosenberg, ofereceu-me ferramentas extremamente eficazes para lidar com essas situações de forma empática e construtiva.

Aqui estão três estratégias infalíveis que podem ajudar a evitar o desgaste emocional durante essas interações.

1. Concentre-se na observação sem julgamento
Uma das premissas fundamentais da CNV é a observação objetiva. Em vez de fazer julgamentos ou interpretações, é essencial descrever a situação de forma neutra. Por exemplo, ao invés de dizer “Você nunca me escuta!”, você poderia expressar “Eu percebi que você estava olhando para o telefone enquanto eu falava”. Essa mudança de abordagem reduz a defensibilidade do outro e abre espaço para um diálogo mais produtivo.

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Dica: pratique a escuta ativa; repita o que o outro disse para garantir que você compreendeu corretamente e que a outra pessoa sinta que sua perspectiva é ouvida.

2. Identifique e expresse suas necessidades
Em conversas difíceis, é crucial identificar quais são suas necessidades não atendidas. A CNV nos ensina a focar nas necessidades humanas fundamentais, como respeito, conexão ou segurança. Ao articular suas necessidades, você revela o que está por trás de suas emoções.

Por exemplo, em vez de dizer “Estou frustrado com você”, expresse-se da seguinte maneira: “Sinto-me frustrado porque preciso de mais clareza sobre nossas responsabilidades.” Essa abordagem não apenas ajuda a evitar a crítica, mas também convida o outro a entender sua perspectiva e a buscar soluções juntos.

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Dica: use “eu” em vez de “você” para evitar acusações. Isso ajuda a manter o foco nas suas próprias emoções e necessidades, tornando a conversa menos conflituosa.

3. Peça responsabilidade com empatia
Ao abordar a responsabilidade, é vital fazê-lo com empatia. Em vez de jogar a culpa sobre a outra pessoa, solicite sua colaboração de forma respeitosa. Por exemplo, você poderia dizer: “Como você se sente sobre o que aconteceu?” ou “O que poderíamos fazer juntos para melhorar essa situação?”

Essa abordagem promove uma atmosfera de cooperação e desencoraja uma resposta defensiva. Ao pedir responsabilidade de maneira empática, você demonstra que valoriza a relação e deseja resolver o conflito de maneira construtiva.

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Dica: esteja aberto a ouvir a perspectiva da outra pessoa. A empatia é uma via de mão dupla, e compreender o ponto de vista alheio pode facilitar um ameno entendimento mútuo.

Conversas difíceis não precisam resultar em desgaste emocional. Ao adotar as estratégias da Comunicação Não Violenta, como a observação sem julgamentos, a expressão clara de necessidades e o pedido de responsabilidade com empatia, você pode transformar potenciais conflitos em oportunidades de conexão e compreensão.

Lembre-se de que a prática e a paciência são essenciais para dominar essas abordagens, mas os resultados podem ser profundamente enriquecedores tanto para você quanto para o outro.

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Boa semana!

Bio Marie Bèndelac

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