Como no Louvre, o Rio já teve um roubo histórico (ainda sem solução)
Foram levadas quatro obras assinadas por Pablo Picasso, Salvador Dalí, Claude Monet e Henri Matisse, avaliadas em mais de US$ 50 milhões
O roubo ao Louvre, em Paris, chocou o mundo nesse domingo (19/10), quando quatro criminosos usaram um guindaste acoplado a um caminhão para acessar o museu e, em sete minutos, levaram nove joias da coleção de Napoleão Bonaparte e da imperatriz Josefina. “De valor inestimável”, definiu o ministro do Interior da França, Laurent Nuñez.
O Rio também já teve seu “grande golpe artístico”, numa era em que a tecnologia não era (e hoje é?) aliada da segurança — em 24 de fevereiro de 2006, uma sexta-feira de carnaval, um grupo armado invadiu o Museu da Chácara do Céu, em Santa Teresa, e protagonizou o maior roubo de arte da história do país. Levaram quatro obras assinadas por Pablo Picasso, Salvador Dalí, Claude Monet e Henri Matisse, avaliadas em mais de US$ 50 milhões (mais de R$ 300 milhões) e todas tombadas como patrimônio nacional. Ainda pegaram um quinto item, o livro “Toros”, coletânea de poemas de Pablo Neruda com ilustrações de Picaso.
O assalto aconteceu de dia e enquanto os blocos desfilavam pelas ladeiras de Santa, eles renderam os seguranças, desligaram o circuito interno de TV, aproveitaram a ausência de alarmes e sumiram entre os foliões. Até hoje ninguém foi preso e nenhuma das obras apareceu.
Em 2003 aconteceu o roubo à Mapoteca do Itamaraty, no Palácio Itamaraty, com mais de 2 mil desenhos, mapas e fotos de relevância histórica roubadas. Parte deles reapareceu,, outros seguem desaparecidos.
No Arquivo Geral da Cidade (AGCRJ),entre 2000 e 2007, milhares de itens desaparecidos (cerca de 3.862), incluindo mais ou menos 1.500 fotografias de Augusto Malta, com recuperações parciais, mas muitos itens continuam sumidos.
Em 2007, mais ou menos mil fotografias da Coleção Teresa Cristina, da Divisão de Iconografia da Biblioteca Nacional, também desapareceram. Recuperações pontuais ocorreram ao longo dos anos; muitos itens ainda constam como desaparecidos ou “procurados”.
Nem guindaste, nem disfarce: só o talento nacional para sumir com coisas de valor histórico.
Em janeiro deste ano, o IPHAN atualizou o Banco de Bens Culturais Procurados (BCP), com 1.800 bens desaparecidos em todo o Brasil, sendo 565 apenas no estado do Rio. E não são só peças de museus: há itens de igrejas, coleções particulares e esculturas públicas.
Consulte o CBMD – Cadastro Nacional de Bens Musealizados Desaparecidos.
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