CCBB entra em nova fase da restauração
Com 1,2 milhão de visitantes circulando por ali em 2024, a manutenção é indispensável

O CCBB, no Centro, está restaurando o piso de mármore, eliminando lacunas e danos nas pedras do chão, feito de mármore Carrara e calcário Lizo, um marco da arquitetura luso-brasileira. Apesar da alta qualidade dos materiais, não existe ali ação de predadores: foi 1,2 milhão de visitantes em 2024, a instituição brasileira mais visitada do Brasil, tornando a manutenção indispensável.
Para respeitar as características originais do projeto de Joaquim Bethencourt da Silva, arquiteto responsável pelo edifício, a metodologia adotada prioriza a mínima intervenção e, segundo Elaine Chagas, restauradora e coordenadora, a abordagem é comparável a um procedimento odontológico: “É como uma obturação feita por um dentista. Preenchemos as lacunas do mármore e, em seguida, aplicamos uma camada de cera para proteger o piso”.
O processo inclui limpeza, aplicação de resina, lixamento para correção de imperfeições e a substituição de 70 placas pequenas que estão além de qualquer reparo. A entrega do hall de entrada está prevista para o fim de fevereiro, enquanto a conclusão total das obras, iniciadas em setembro de 2024 – ano em que o CCBB completou 35 anos – deve acontecer até julho de 2025.
A fachada também está sendo restaurada, além de mais de 200 janelas. Em cartaz no espaço, a exposição “Primeiro de Março 66 – Arquitetura de Memórias”, sobre a arquitetura e a história do CCBB, prorrogada até 7 de abril.