Até a presidente da OAB-RJ vira isca do golpe jurídico do momento
Nos comentários no perfil de Ana Tereza, vários advogados contam situações idênticas. Um deles disse ter sofrido três tentativas só no último mês
Nem a presidente da OAB-RJ escapou do já clássico golpe do falso advogado. Nesta terça (25/11), Ana Tereza Basílio fez um alerta sobre o novo-velho estelionato que usa sua imagem num WhatsApp em conta “comercial” com o nome Dra. Ana Tereza Basílio e número com DDD de São Paulo.
A mensagem começa com o tradicional “Olá, bom dia!”, seguida da promessa irresistível: “Venho com boas notícias sobre seu processo. Está em fase de pagamento, o juiz determinou causa ganha! Preciso que me informe agência e conta da sua titularidade.” Logo depois vem um PDF anexado.
Nos comentários no perfil de Ana Tereza, vários advogados contam situações idênticas. Um deles disse ter sofrido três tentativas só no último mês. É muito tempo perdido com registro de ocorrência, comunicação aos clientes, comunicação aos familiares, comunicação em redes sociais etc. Está terrivelmente complicado para a advocacia. Esses golpes tiram nossa paz e deixam os clientes inseguros”, disse o advogado Sandro Nery.
A OAB-RJ já move uma ação civil pública contra a Meta, controladora do WhatsApp, pela dificuldade em desativar contas falsas.
“É uma situação de insegurança muito grande, que viola a privacidade dos usuários, contraria o Código de Defesa do Consumidor e a Lei Geral de Proteção de Dados. Facilita a vida dos criminosos e causa transtornos à sociedade”, afirmou Tereza. Ela ainda explicou que a demora em bloquear linhas atrapalha investigações — quando as autoridades chegam até o número, a linha já foi cancelada.
“Meus clientes já receberam várias vezes mensagem com minha foto, mas sempre alertei nas redes, WhatsApp e, graças a Deus, ninguém caiu. Fizeram isso até com meu sócio, Rodrigo Lamego, porque eu estava num caso dele e tentaram se passar por mim. Daí ele disse que o advogado estava do lado e ele ainda disse que já ganhou muito dinheiro com esse golpe, que comprou carro, anda de jet ski, um negócio muito doido. Eu sempre alerto os clientes, dizendo que ainda que exista uma boa notícia, não sou seu, e se tiver que pagar a alguém, só depois de reunião presencial ou videoconferência ou ligação telefônica”, disse o advogado Gabriel de Britto Silva.
Lembrando que 99,9% dos processos judiciais são eletrônicos, e dados das partes (telefones, e-mails, valores) ficam expostos em processos não sigilosos. Com essas informações, criminosos miram justamente no momento mais sensível: quando a vítima está prestes a receber dinheiro.
Se até a presidente da OAB-RJ virou isca, imagine o resto. O crime pode até ser digital, mas a cara de pau continua analógica.
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