Amir Haddad, 87, sobre o que faz pra desestressar: “Fumo um baseado”
Teatrólogo foi um dos convidados do lançamento do projeto “Formar Cultura – laboratório de produção cultural”
Amir Haddad, 87 anos, entrou no palco do Teatro Dulcinha, Centro, nesta terça (26/1), cantando “Carinhoso”, de Pixinguinha, ao lado de Carol Gomes, que deu uma segurada na desafinação do parceiro: “Só virei ator porque não me deixaram cantar”, brincou ele para uma plateia lotada durante o lançamento do projeto “Formar Cultura – laboratório de produção cultural”.
A primeira edição será para 160 participantes selecionados entre mais de mil inscritos, com coordenação do produtor Eduardo Barata, que convidou nomes de vários estilos para o lançamento, pela primeira vez reunidos num mesmo palco: além de Amir, a sambista Tia Surica, a diretora teatral Bia Lessa e o multiartista Antonio Nóbrega, todos reconhecidos em linguagem, estética e produção autoral.
Entre conversas descontraídas, alguém da plateia perguntou o que os quatro faziam quando cansados, estressados, porque é cansativo fazer cultura no Brasil, conseguir patrocínio e trabalhar em todas as etapas burocráticas. “Eu paro e fumo um baseado”, respondeu Amir, seguido de alguns minutos de aplausos.
Além do papo descontraído, o povo saiu de lá empolgado com as histórias e apresentações.
Em novembro e dezembro, acontecem seminários e trocas com profissionais de referência no mercado cultural, além de módulos e estudos sobre Lei Rouanet e editais culturais. Em janeiro e fevereiro, elaboração de projetos dos participantes, com oficinas e monitorias individuais. O projeto é apresentado pelo Instituto Cultural Vale, Ministério da Cultura e Governo Federal, através da Lei de Incentivo à Cultura.