Alguns reflexos do conflito Israel X Irã no Rio
Exército, Marinha, Força Aérea e Corpo de Bombeiros estão envolvidos em treinamentos para resposta a potenciais ameaças

O conflito Israel X Irã reflete no mundo inteiro: a segurança será redobrada para a reunião do Brics, dias 6 e 7 de julho, no MAM. As autoridades organizadoras, tanto de Brasília quanto do Rio, vão reforçar as atenções para as comitivas estrangeiras em todo o museu além das proximidades. O Exército e a Marinha estão envolvidos em treinamentos para resposta a potenciais ameaças, além das discussões sobre como combater ameaças virtuais.
São esperados representantes da Rússia, Índia, China, África do Sul, Arábia Saudita, Egito, Etiópia, Emirados Árabes Unidos, Irã e Indonésia, além de países parceiros, como Belarus, Bolívia, Cuba, Nigéria e Cazaquistão, entre outros.
Outro, digamos, efeito da guerra pode chegar às prateleiras dos supermercados, em relação ao preço dos combustíveis e à logística de produtos importados. Segundo William Figueiredo, consultor econômico da ASSERJ, o principal risco imediato está na instabilidade do mercado de petróleo. “Uma escalada militar na região pode impactar diretamente o preço internacional do barril, o que, por sua vez, eleva os custos de transporte no Brasil. Isso afeta toda a cadeia logística, desde o frete de hortifrúti até a distribuição de alimentos industrializados”, explica William.
Outro fator é a possível desorganização das rotas marítimas internacionais. Caso o conflito afete pontos estratégicos, como o Estreito de Ormuz ou o Canal de Suez, o fornecimento de alimentos importados e insumos industriais pode sofrer atrasos ou até interrupções temporárias. “O Rio consome muitos produtos que vêm de fora do estado ou do Brasil. Um impacto nas rotas de navegação pode provocar atrasos nas entregas, principalmente de itens, como azeites, vinhos e enlatados, por exemplo”, afirma ele.