Afinidade entre Solano e Fagundes: zero tolerância com falta de educação
Solano parece ter aprendido com o pai da ficção, Antonio Fagundes, que não tolera falta de educação no teatro

Depois da repercussão do vídeo viralizado, o ator Mateus Solano publicou um vídeo nesta terça (21/10) para explicar o suposto tapa no celular de uma pessoa da plateia de “O Figurante”, em 14 de outubro, em Santa Rosa (RS).
O ator negou o episódio e disse, em tom de ironia: “Atenção, pronunciamento mais do que especial. Finalmente, eu venho a público para esclarecer a polêmica da semana passada. Afinal de contas, o Brasil e o mundo pararam para comentar sobre o tapa mais famoso desde o ‘tapa da pantera’. Sim, o tapa deste que vos fala.”
E continuou: “Achei o máximo a gente poder, através dessa polêmica, levantar um pouco a questão da falta de educação do público e os limites de um e de outro — do público e de quem está no palco. A única coisa que eu fiquei me coçando para falar, mas resolvi deixar a poeira baixar, é que eu não dei tapa nenhum — nem no celular, muito menos em qualquer pessoa. O que eu fiz foi agir como uma trombadinha e, rapidamente, peguei o celular, furtei o celular e joguei debaixo da poltrona. De tempos em tempos, a gente precisa filmar o espetáculo para mandar para o diretor (Miguel Thiré, que mora em Portugal) poder me dirigir. E não é que foi justamente no dia do ‘tapa’ que a gente estava filmando? Portanto, eu tenho provas de que fui um ninja: consegui não parar o espetáculo, tirar o celular que estava me atrapalhando e ainda causar essa polêmica.”
O ator publicou um vídeo de um novo ângulo, mostrando o momento em que realmente pega o celular da pessoa na plateia e o coloca no chão — sem tapa algum.
Solano parece ter aprendido com o pai da ficção, Antônio Fagundes. Os dois contracenaram na novela “Amor à Vida” (2013), quando Solano interpretava o inesquecível e diabólico Félix, e Fagundes era César.
Fagundes, aliás, é conhecido por não tolerar falta de educação do público, especialmente no teatro. Fecha as portas no horário, e quem chega atrasado… que volte outro dia. Já se manifestou várias vezes contra o uso de celulares durante os espetáculos, defendendo o respeito não só aos atores e à equipe, mas também a quem chegou pontualmente.
Por isso, o ator já foi processado várias vezes (ao menos oito) — e venceu todas. As decisões confirmaram que as regras de acesso eram claras e que, sim, o teatro é um dos últimos lugares onde o bom senso ainda merece aplausos.