Advogada carioca Mariana Zonenschein: mais um “Woman Awards” pra conta
"No escritório formamos um time de maioria de mulheres, que sabem que beleza e inteligência não se anulam", diz ela

A advogada carioca Mariana Zonenschein acaba de ganhar o “Prêmio Woman Awards 2025” de melhor escritório de advocacia da América Latina, pelo “The Latin American Lawyer” (publicação jurídica que conecta escritórios de advocacia com clientes multinacionais e destaca a atuação feminina), eleito “Team of the Year” na categoria Litígio. No ano passado, ela foi eleita “Advogada do Ano” na categoria “Propriedade Intelectual”, pela mesma premiação.
Mariana fez vestibular aos 16 anos. Estava na dúvida entre Comunicação e Direito; ficou com o segundo. “Foi uma escolha feliz porque consegui chegar, até aqui, satisfeita com a minha profissão”, diz ela, especializada em Direito Civil e Propriedade Intelectual.
Por estar num mundo, digamos, masculino, ela diz que “o meio jurídico costuma replicar a sociedade, que evidentemente é machista. Com o tempo, aprendi que o foco precisa estar no resultado: quem entrega com consistência constrói respeito. No escritório, formamos um time de maioria de mulheres que sabem que beleza e inteligência não se anulam — mulher falando, sendo interrompida me deixa louca, mas existe uma mudança nesse cenário”.
Em 2016, ela fundou o escritório com seu nome, no Leblon, com filial em São Paulo desde 2020, e começou a atender pessoas públicas; a primeira foi a atriz Juliana Knust. A partir daí, o boca a boca cresceu, e vieram clientes, como o cantor e compositor Seu Jorge, os atores Bruno Gagliasso, Giovanna Antonelli, a apresentadora Fernanda Lima e o empresário Oskar Metsavath, em processos contra fake news e direitos autorais. Artistas costumam ser os mais afetados nesses segmentos, por motivos óbvios, como no caso em que entrou com um processo contra uma empresa de cosméticos, tendo Giovanna Antonelli envolvida em propaganda falsa com a voz de Drauzio Varella. No vídeo, a voz do médico era reproduzida por IA (Inteligência Artificial), dizendo que a Antonelli e a apresentadora Fátima Bernardes faziam um tratamento que deixaria a pele com aspecto de 20 anos. Ou ainda, quando defendeu casos conhecidos, como o da adolescente que fez ataques racistas a Titi, filha de Gagliasso e Ewbank, em 2016.
O escritório, que tem 15 profissionais (dois terços de mulheres), atua em múltiplas áreas. Dá consultorias para marcas, representando empresas de grande e médio portes.