Abertura da mostra “DAREL – 100 anos de um artista contemporâneo”
São 95 trabalhos de 70 anos da produção do artista, que marcou pelas pinturas sensuais e litografias coloridas, técnica da qual foi pioneiro no país
























Foi inaugurada a exposição “DAREL – 100 anos de um artista contemporâneo”, pelo centenário do desenhista, pintor, gravador, ilustrador e professor Darel Valença Lins (1924–2017), sob curadoria de Denise Mattar, no Centro Cultural Correios, nessa quarta (09/07).
São 95 trabalhos de 70 anos da produção do artista, que marcou pelas pinturas sensuais e litografias coloridas, técnica da qual foi pioneiro no país.
Maisa Byington, 94 anos, viúva de Darel, à frente do acervo e da mostra centenária, veio de São Paulo para o evento. Das 15h às 20h, ela não parou um segundo, nem sentou, até que a filha Mariana, que mora no Canadá, convocou-a para ir embora, no que ela respondeu: “Pra casa, não!”. Que tal?
Também estão na mostra um curta e o doc “Mais do que eu possa me reconhecer”, ambos de Allan Ribeiro, que ganhou o prêmio principal da Mostra de Cinema de Tiradentes de 2015.
Darel, pernambucano, veio para o Rio em 1949, onde estudou gravura com Henrique Oswald. Conviveu com vários amigos: Goeldi, Livio Abramo, Raymundo de Castro Maya, João Cabral de Mello Neto, Iberê Camargo, Portinari, Di Cavalcanti, Cícero Dias, Djanira e Morandi (na Europa). Sobre Darel, escreveram Clarice Lispector, Vinícius de Moraes, Mário Pedrosa, Roberto Pontual, Ivo Zanini, Leonor Amarante e Frederico Morais.
Darel é autor de ilustrações para edições brasileiras de livros de Dostoiévski, Nelson Rodrigues e seis capas para Gabriel García Márquez. Foi ainda professor de gravura e litografia no MASP e na FAAP, em São Paulo, e na Escola Nacional de Belas Artes, no Rio. O que você acha?
A mostra fica em cartaz até 30 de agosto.