A escola de samba Botafogo Samba Clube vira patrimônio do Rio
A escola mal chegou no carnaval (em 2018) e já desfilou este ano pela Série Ouro na Sapucaí

Nesta quarta (22/10), foi aprovado definitivamente na Câmara dos Vereadores, o projeto que reconhece o Botafogo Samba Clube — a primeira escola de samba de um time carioca — patrimônio imaterial do Rio.
A escola mal chegou no carnaval (em 2018) e já desfilou este ano pela Série Ouro na Sapucaí. A história começou num dia de clássico no Maracanã, final do Carioca entre Botafogo e Vasco, quando um grupo de torcedores teve a ideia de criar um bloco, que cresceu rapidamente e virou escola de samba.
O presidente Sandro Lima, ex-diretor de tamborim da Beija-Flor, juntou-se ao vice Felipe Yaw, ex-presidente de ala da São Clemente, e o resultado foi uma agremiação que tem tanto batuque quanto botafoguense sofrendo na arquibancada. Sacanagem!
Este ano, 1.800 integrantes cruzaram a avenida com o enredo “Uma gloriosa história em preto e branco”, celebrando as recentes conquistas da Libertadores e do Brasileirão, entre eles, botafoguenses conhecidos como Marcelo Adnet e Hélio de la Peña e ex-jogadores do clube, todos sambando sem impedimento.
A proposta de tombamento é do vereador Leonel de Esquerda, que explicou: “É o reconhecimento de um projeto que une expressão artística, samba e futebol, paixões democráticas que fazem parte do dia a dia de pessoas de todas as classes sociais. É uma vitória da cultura carioca e uma forma de valorizar a cidade.”
Em 2026, os alvinegros voltam à avenida no dia 14 de fevereiro, com o enredo “O Brasil que floresce em arte”, em homenagem ao paisagista Roberto Burle Marx, outro botafoguense. Afinal, ninguém melhor que ele pra provar que até o preto e branco pode florescer.