A busca pelo essencial: a arte de Bob Cardim em livro

Supõe-se que tenha sido uma noite de prazer e alegria para o escultor Roberto Cardim, que lançou um álbum-livro ilustrado, de capa dura, sobre o seu trabalho, o “Bob Cardim Álbum”, no Madame Olympe, restaurante recém-inaugurado por Claude Troisgros, no Leblon.  A ligação com o chef francês-carioca é porque Cardim foi piloto de enduro da equipe de Troisgros na década de 1980, modalidade de motociclismo de aventura.

Além do esporte radical, Bob trabalhou em várias áreas antes das artes plásticas — por 10 anos, foi executivo das organizações Globo, publicitário premiado, surfista e produtor rural. “Depois de décadas na publicidade, encontrei um novo caminho, o da escultura. Durante uma visita ao Instituto Inhotim, entendi o que precisava fazer, e o aço seria elemento que guiaria minha produção artística”, diz ele, que fazia dedicatórias personalizadas e criativas para cada um.

Foi um vaivém de horas, de amigos, admiradores, clientes. Bob diz que costuma criar uma relação com quem compra seus trabalhos, acompanhando de muito perto o roteiro de cada um deles; talvez menos com os vendidos no exterior, até porque seria impossível. Seguem o próprio rumo, digamos assim: “Aventurar-se no mundo da arte é, para mim, buscar a simplicidade do essencial”, costuma dizer.  E ele também tem apego às obras, fazendo uma cópia em miniatura de várias delas.

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