Hell de Janeiro
Mais de 120 mortos, tantos feridos e uma legião de panicados pela cidade. Até a saradona na academia acabou atingida na bunda.
 
							Já são 61 anos ouvindo a mesma ladainha. Ora culpa do Brizola, depois do Cabral – o de 1500 e o atual – deLLe, daquele outro e assim, entre uma bala perdida e outra, seguimos normatizando a violência beach club. No dia de hoje a pancada foi mais forte. Quase 130 mortos, tantos feridos e uma legião de panicados pela cidade. Até a saradona na academia acabou atingida na bunda. E dá-lhe show de horror. Corpos estendidos no chão, mulheres reclamando seus cadáveres e uma penca de gente comentando nas redes. Quantas teorias. Eu que já dei de ombros agora enchi o saco. Tenho algumas saídas. Me candidatar a qualquer cargo, entendendo que apenas com o poder posso transformar algo; posso acionar o Galeão e morar alhures ou usar a minha escrita para mudar algo. Mas, apesar de empenhada, estou com muita dor no corpo. Banzo da violência, sequelas de uma cidade sem lei. Como ter saúde mental nesse balneário? Os enternalhados falam sem parar. Os jornalistas montam gráficos e acionam fontes. Os bandidos influencers escrevem mensagens de apoio aos marginais e os soldados choram seus colegas mortos. É um enfileirado de tristezas e nossos zaps não param de apitar. “Fecharam o Rebouças” “A Rocinha vai descer” ” Arrastões no Centro” ” Linha Vermelha e Amarela, ambas fechadas” e assim – nossa terça feira foi um festival macabro. Eu estou cansada. Exausta, ratifico. Ninguém aguenta mais essa volatilidade entre bater palmas para o por do sol ou cantar hit proibidão do Oruam. Faz como? Acorda de que jeito no dia seguinte? Aliás, a imagem dos corpos enfileirados, descobertos hoje, é uma espécie de mercadão da morte. Gaza e Vigário Geral se alinham na banalização da vida. E a gente segue arrasatando corrente. São anos a fio nessa gangorra de balas. Já vi de um tudo. Bandos, algazarra, surf em ônibus, celulares voando, embaixadinhas e pagodin de metralhadoras. No Rio tudo é norrrrmal. Perdoamos as maiores bizarrices. A começar pela nossa inércia que insiste em fazer de cada carioca o ser mais paciente do mundo. Urge um choque de ordem. À jato!
 
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