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Julia Golldenzon

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A corrida da moda pelo metaverso

Grandes marcas internacionais apostam alto em produtos para universo virtual enquanto moda brasileira começa a se preparar para explorar este novo mundo

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Atualizado em 20 jan 2022, 13h54 - Publicado em 20 jan 2022, 13h47
Tênis virtual da Gucci
Tênis virtual da Gucci (Divulgação/Reprodução)
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Metaverso virou a palavra de ordem na moda. Desde o fim de 2021 é uma dos termos mais buscados do Google. No último ano, marcas internacionais, sempre mirando o branding e o consumo do futuro, começaram a explorar este novo ambiente. A Gucci já tem um tênis digital, a Balenciaga já fez uma ação com o game Fortnite, a Louis Vuitton criou uma coleção para o  game League of Legends e a Balmain lançou um vestido virtual NFT (tokens não fungíveis). Mas afinal, você já sabe o que é metaverso?

Metaverso é a expressão usada para definir um espaço virtual compartilhado, onde se pode ter uma experiência digital próxima de uma “realidade” de interação social, emoções, entre outras possibilidades. Ele já existe no universo dos games de maneira muito consolidada, mas na moda começa a ser explorado através de roupas digitais, ambientes exclusivos virtuais e investimento em start ups e inovação digital. Prepare-se, porque iremos todos usá-lo muito em breve, quer você acredite ou não. Crianças e adolescentes já estão familiarizados com o metaverso faz tempo através dos games, e acham a vida virtual tão interessante quanto a “presencial”.

O mercado internacional de luxo tem investido alto no segmento. Os produtos digitais podem vir a ser uma nova porta de entrada dos consumidores de classe média para estas marcas, assim como já são os perfumes e os óculos. O sneaker da Gucci, que foi lançado em 2021 para ser usado nos ambientes virtuais (leia-se, como um filtro de rede social) custa US$ 12,99, bem diferente do preço de um tênis real da marca, que em média sai por R$ 5 mil reais. Antes disso, a Gucci já havia criado roupas para avatares dos games Pokémon Go e The Sims.

Entre as marcas esportivas, a corrida virtual se acelerou. Há cerca de um mês, a Nike comprou uma empresa do setor de moda em NFT, a RTFKT Studios. Um dos principais produtos já lançados por esta companhia é um tênis híbrido (NFT/físico) colecionável – ou seja, cada edição virtual do calçado vem também com um par de verdade – em parceria com o artista de criptografia Fewocious, de 18 anos. O lançamento esgotou em sete minutos, gerando US$ 3,1 milhões.

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As concorrentes não ficam para trás. Em dezembro, a Adidas, que já tinha comprado um terreno virtual na plataforma The Sandbox para criar o Adiverso (o metaverso da marca), divulgou parceria com três dos maiores nomes de NFTs. Entre os novos parceiros, estão a Yuga Labs, empresa por trás da coleção de NFTs Bored Ape Yacht Club (BAYC), a série de quadrinhos em NFT Punks Comic e o investidor de criptoativos Gmoney.

No Brasil, o mercado de moda ainda dá os primeiros passos. O grupo Arezzo&Co, que reúne as marcas Schutz, Reserva, Anacapri e Arezzo, entre outras, criou o ZZHub. Trata-se de uma aceleradora de produtos e negócios digitais, instalada em Campo Bom, no Rio Grande do Sul. Segundo o comunicado, o local funciona como um hub de inovação e co-criação de futuros com aproximação entre universidades e startups. Já, já a moda brasileira também vai ter novidades no metaverso. 

 

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