Encerrada a primeira fase do Carioca de 2014, o fato que chama atenção, além da pífia média de público e do grande desinteresse do torcedor, assuntos que serão novamente abordados após o fim do campeonato, é a péssima campanha do Botafogo.
Quase sempre, nas últimas três décadas, que a fórmula do Carioca classificou quatro times para a fase final o Botafogo acabou ficando de fora, logo, sob esse ponto de vista, não chega a ser uma novidade que o Carioca seja decidido por Fla, Flu, Vasco e um pequeno. Relembre:
Carioca de 1987, 3º turno com quatro times, Bangu participou e o Botafogo não.
Carioca de 1988, 3º turno com quatro times, Americano participou e o Botafogo não.
Carioca de 1994, decidido em quadrangular, com os quatro grandes participando.
Carioca de 2003, decidido em semifinais e finais, como agora em 2014, Americano participou e o Botafogo não.
Mas em 2014 o Botafogo não se limitou a ficar de fora do grupo de quatro times que decidiram o título. Com 4 vitórias, 5 empates e 6 derrotas, 37,8% de aproveitamento e saldo de gols negativo, o alvinegro terminou em 9º lugar entre 16 participantes, o que significa a pior campanha da história.
Mas aqui cabe uma reflexão. O Botafogo de 2014 está longe de ser o pior Botafogo de todos os tempos, a torcida do Botafogo não está triste nem revoltada nem desesperada nem envergonhada com essa campanha, pois entende que é consequência da prioridade dada à Libertadores.
Talvez a gente chegue à conclusão que o Carioca de 2014 é o pior de todos os tempos e o Botafogo apenas fez uma campanha tão ruim quanto o campeonato que (não) disputou, e a pouca ou nenhuma repercussão disso é uma clara demonstração do tamanho da desimportância com que os estaduais, hoje, são encarados por torcedores e profissionais do futebol, mas se mantém no calendário para deleite de cartolas diversos.
Muitos jogadores e torcedores do Botafogo foram poupados ao longo do Carioca de 2014, mas ninguém parece muito preocupado
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