Virginia Fonseca: O que é mastopexia?
Influenciadora fez lifting de mama com troca de prótese de silicone após a terceira gestação

É comum atualmente que influenciadores dividam com seus seguidores o passo a passo da recuperação de cirurgias. Se em outras épocas, as celebridades costumavam esconder e até negar o fato de terem passado por cirurgias plásticas, hoje em dia o comportamento é inverso. Isso tende a ser uma mudança positiva, uma vez que as famosas revelam o processo de cuidados com o corpo, a pele, a alimentação e os procedimentos cirúrgicos ou não, sem fingir que toda a sua beleza caiu do céu como era antigamente. É mais honesto com o público e desmitifica a questão da vaidade e da autoestima.
Neste início de ano, a influenciadora e apresentadora do SBT Virginia Fonseca, de 25 anos, contou em suas redes sociais que passou por três cirurgias: retirou uma hérnia umbilical, fez a troca das próteses de silicone e foi submetida a uma mastopexia.
A mastopexia, também conhecida como lifting de mamas, é um procedimento cirúrgico para corrigir a queda das mamas e posição, podendo ter alteração de volume ou não. É indicada para casos em que ocorre flacidez mamária ou perda de volume em função de fatores como envelhecimento, emagrecimento e/ou fases como pós-bariátrica e pós-gestação e amamentação. No procedimento, há retirada do excesso de pele para uma melhor sustentação bem como reposicionamento dos tecidos e mamilos para criar um novo contorno dos seios, respeitando o formato natural. A depender de cada caso em específico, pode ser necessário o implante de prótese de silicone para corrigir o volume ou mesmo, se for desejo da paciente, aumentá-lo.
Segundo Virginia relatou em suas redes, ela optou por fazer a mastopexia quase cinco meses após sua terceira gestação, trocando a prótese de silicone por uma ligeiramente menor. Ela quis aproveitar a cirurgia de retirada de hérnia umbilical para combiná-la com os procedimentos nos seios. “Tenho hérnia e, com as gestações, ela saiu (…) Me incomodava bastante, me incomoda. Hoje eu vou tirar. E vou fazer a mastopexia no peito, vou aproveitar e já arrumar meu peito”, contou momentos antes de entrar no centro cirúrgico.
Existem quatro formas principais de fazer a incisão nos seios durante a mastopexia, e cada técnica depende das necessidades e objetivos individuais. A incisão periareolar, indicada para casos leves de flacidez e pequenas correções, é feita ao redor da aréola. Já na incisão em forma de “L”, para mamas com flacidez moderada, o corte é feito na parte inferior do seio, proporcionando uma maior sustentação. Existe também a cicatriz em raquete ou pirulito, em torno e embaixo da aréola, sem a incisão inframamária. Porém, a técnica mais comum, por alcançar excelentes resultados, é conhecida como “T” invertido, para corrigir flacidez severa, com incisão em forma de âncora do entorno da aréola com um corte vertical até o sulco mamário e outro horizontal ao longo do sulco, que permite uma maior remoção de excesso de pele. A escolha de qual técnica será usada é sempre do cirurgião, que é capaz de fazer esta opção baseado na experiência e na segurança dos resultados.
Os benefícios estéticos da mastopexia são uma maior simetria e firmeza das mamas, o que interfere diretamente no resgate ou aumento da autoestima feminina, especialmente em mulheres que sofreram transformações importantes após gestações seguidas e até mesmo drástica perda de peso.
Guilherme Ferretti é médico e cirurgião plástico no Rio de Janeiro. Membro especialista da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. Atua na cirurgia de contorno corporal, estética, reparadora e lesões de pele e tem mais de uma década de experiência na especialidade da cirurgia plástica reparadora pós-bariátrica. Siga: Instagram e Canal Youtube