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Guilherme Ferretti

Por Guilherme Ferretti, médico e cirurgião plástico Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Saúde, Beleza, Autoestima, Estética, Pós-Bariátrica e Qualidade de vida
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Jojo Todynho e a importância de planejar cirurgia plástica pós-bariátrica

Quando se deve fazer cirurgias reparadoras para retirar excesso de pele após emagrecer 50 quilos ou mais?

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16 ago 2024, 09h38
Jojo Todynho
Jojo Todynho: antes e depois da bariátrica e da cirurgia plástica (Instagram/Reprodução)
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A transformação após a cirurgia bariátrica é impactante aos olhos das pessoas à sua volta. Perde-se 30, 40 50 quilos ou mais. Ganha-se autoestima, saúde e confiança. Muda-se, muitas vezes, o estilo de vida e de vestir. Mas somente o paciente que atravessa este rigoroso e delicado processo de adaptação após o procedimento conhece as consequências inerentes a esta redução considerável do peso, dentre elas, o excesso de pele e flacidez.

No fim do mês de julho, Jojo Todynho divulgou em suas redes sociais que havia passado pela primeira etapa de cirurgias plásticas para retirar excesso de pele e modelar o corpo depois de emagrecer 53 quilos após a bariátrica, realizada em 2023, e a mudança no seu estilo de vida. A cantora, guerreira em todo seu processo de transformação física, se submeteu a uma abdominoplastia com lipoescultura, com foco no contorno corporal do abdômen e flancos. Ela até brincou nas suas redes: “O que que adianta? Ah, perdi 40 quilos, mas também estou igual uma amoeba. Dá tchau e o braço vai junto!”

Qualquer emagrecimento considerável e veloz acarreta flacidez. Quanto maior a quantidade de peso perdido, maior a probabilidade de ocorrer um excesso de pele. Na região peitoral, por exemplo, a atrofia da gordura provoca uma queda significativa da mama. É claro que esta adaptação da sustentação e elasticidade da pele é individual e depende de uma série de fatores como faixa etária e genética.  Como a mudança é drástica após a cirurgia bariátrica, , é comum que as pessoas se sintam incomodadas com excesso de pele.

Este fator pode ser um obstáculo em ocasiões em que a pessoa precisa expor mais o corpo, como na praia e até mesmo em momentos íntimos. Alguém que antes tinha vergonha de mostrar o corpo na praia por conta da obesidade pode passar a se sentir constrangido, após a bariátrica, de usar um biquíni ou sunga por conta do excesso de pele e de dobras. É um incômodo que aos olhos dos outros pode ser invisível, pois é possível disfarçar com roupas, mas só o paciente que vive isso sabe. Tal incômodo pode ir muito além da estética, causando também problemas funcionais, emocionais e até irritação e inflamação cutânea. Em alguns casos, a sobra de pele no abdômen é tão significativa que chega a cobrir os órgãos sexuais, como se formasse um “avental” sobre o púbis.

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Como uma aliada fundamental nesta estratégia de adaptação e busca pelo tão sonhado corpo em forma, a cirurgia plástica é mais uma etapa deste longo processo pelo qual o paciente passa. As cirurgias reparadoras completam a transformação após a bariátrica. O trabalho do cirurgião plástico é reduzir o excesso de pele, diminuir a quantidade de dobras e até tratar a parte muscular, como ocorre no caso de diástase abdominal. Um fator crucial para considerar o momento adequado para dar início às cirurgias plásticas pós-bariátrica é a estabilidade do peso. O ideal é que o peso esteja estabilizado – em média, isso acontece de 12 a 18 meses depois da bariátrica. A consulta com o médico cirurgião plástico será fundamental para traçar a estratégia segura e individualizada.

Importante esclarecer que o paciente que passou pela bariátrica costuma sangrar mais do que o paciente que não fez e, por isso, as reparadoras devem ser planejadas por etapas. Além disso, a anemia é algo recorrente em pacientes com bariátrica. Tudo isso está dentro do esperado. Para evitar chance de sangramento é recomendável fazer uma a duas cirurgias por vez para alcançar as metas e expectativa do paciente, como por exemplo, abdômen (abdominoplastia) e mama (mamoplastia); depois, braços (braquioplastia) e coxas (cruroplastia); assim por diante. Afinal, segurança é elemento crucial em toda cirurgia, e isso vale para as reparadoras pós-bariátrica. A beleza do processo é acompanhar a mudança na autoestima e na confiança daqueles pacientes de pós-bariátrica (chamada por muitos deles de pós-bari) que atravessam todas estas etapas, orgulhosos de si mesmos e de toda a mudança não apenas na aparência, mas no estilo de vida.

Guilherme Ferretti é médico e cirurgião plástico. Membro especialista da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. Atua na cirurgia de contorno corporal, estética, reparadora e lesões de pele, com mais de uma década de experiência na especialidade da cirurgia plástica reparadora pós-bariátrica.

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