Avatar do usuário logado
Usuário
OLÁ, Usuário
Ícone de fechar alerta de notificações
Avatar do usuário logado
Usuário

Usuário

email@usuario.com.br
Imagem Blog

Gilberto Ururahy

Por Gilberto Ururahy, médico Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Especialista em medicina preventiva

Novos fatores de risco para doenças cardiovasculares: cigarro eletrônico

Disseminado entre jovens, o cigarro eletrônico representa um imenso risco à saúde cardiovascular e pulmonar

Por Gilberto Ururahy
7 out 2025, 06h35
Casal de jovens fuma cigarro eletrônico.
Cigarro eletrônico: em 2019, cerca de 27,5% dos estudantes do Ensino Médio nos EUA relataram o uso. (Freepik/Reprodução)
Continua após publicidade

No último dia 30 de setembro, realizamos na Med-Rio Check-up mais uma edição do “Encontro com a Prevenção 2025”. O tema em debate foi “Os novos fatores de risco para doenças cardiovasculares”. O primeiro participante a falar foi Rogerio Ruffino, professor titular de pneumologia e diretor da Faculdade de Medicina da UERJ. Ele abordou o uso de vapes e cigarros eletrônicos por jovens e o impacto deles na saúde cardiovascular.

Ruffino abriu sua fala destacando o quando o uso de vapes e cigarros eletrônicos faz parte da vida do jovem atualmente. “O uso de cigarros eletrônicos aumentou 600 vezes nos últimos seis anos. Está descontrolado. A quantidade de pessoas que conhece cigarro eletrônico saiu de 52% em 2019 para 87%. Se conhece é porque foi apresentado, ainda mais em um momento em que as mídias tradicionais se distanciam cada vez mais dos jovens”, destacou o especialista.

O número de fumantes de cigarros convencionais que experimentou cigarros eletrônicos saltou de 19% em 2019 para 29% em 2023. “Apesar de existir desde os anos de 1940, desenvolveu-se uma publicidade em torno ao cigarro eletrônico de que ele facilitaria a parar de fumar”, destaca o médico, a respeito da comunicação enganosa em torno do aparelho cuja bateria aquece um líquido e um bastão de tabaco ou ervas.

Segundo Ruffino, em 2023, cerca de 60 milhões de pessoas no mundo usariam aparelhos de cigarros eletrônicos, sendo que esse número pode chegar a quase 90 milhões. O número também é crescente entre adolescentes. Desde 2011, supera todos os produtos do tabaco. Em 2019, cerca de 27,5% dos estudantes do Ensino Médio nos EUA relataram o uso. Sabores atrativos e percepção equivocada de menor risco levam a essa busca pelos cigarros eletrônicos. A iniciação precoce aumenta a probabilidade de dependência a nicotina.

De acordo com a American Heart Association, o uso de cigarro eletrônico aumenta a frequência cardíaca e pressão arterial, a ativação simpática e redução da variabilidade da frequência cardíaca, disfunção endotelial precoce, rigidez arterial, tudo associado ao aumento do risco da aterosclerose e doenças cardiovasculares futuras. De acordo com Ruffino, as substâncias químicas presentes nos aerossóis podem induzir inflamação e disfunção vascular. Os cigarros eletrônicos contêm ainda nicotina, solventes, aromatizantes e diversas outras substâncias tóxicas.

Continua após a publicidade

O impacto ao corpo é ainda mais danoso em mulheres grávidas. “São capazes de causar restrição do crescimento fetal, disfunção cardíaca e pulmonar e déficit cognitivo em modelos animais”, afirmou Ruffino.

“Antigamente, o cigarro eletrônico era uma epidemia silenciosa. Agora não é mais silenciosa, porque vemos várias pessoas fumando”, conclui o especialista. Os impactos sistêmicos e celulares do fumo de vapes leva ao câncer, ao estresse mitocondrial e às alterações no DNA e impactos duradouros no sistema cardiovascular e respiratório. Ruffino destaca que apenas 1ml do cigarro eletrônico equivale a 20mg de nicotina, ou seja, um maço de cigarros. “O vape não é seguro em nenhuma fase etária”, arrematou ele.

Como sabemos, a prática de exercícios físicos regulares, a alimentação saudável (rica em frutas, vegetais e fibras), gerenciamento estresse e do bem-estar, sono reparador e distância do uso de substâncias, como tabaco ou álcool, e a realização de check-ups preventivos são os nossos maiores aliados na busca por um estilo de vida saudável.

Continua após a publicidade

Saúde é prevenção!

Gilberto Ururahy é médico há mais de 40 anos, com longa atuação em Medicina Preventiva. Em 1990, inaugurou a Med-Rio Check-up, líder brasileira em check-up médico e medicina preventiva. É detentor da Medalha da Academia Nacional de Medicina da França, é membro honorário da Academia Brasileira de Medicina de Reabilitação e coautor de livros: Como tornar-se um bom estressado (editora Salamandra), O cérebro emocional (Rocco), Emoções e saúde (Rocco) e Saúde é prevenção (Rocco, com o médico Galileu Assis). Ururahy é diretor da Câmara Americana de Comércio para o Brasil (Amcham Rio) e Chairman do Comitê de Saúde e diretor da Câmara de Comércio França-Brasil e Coordenador do Comitê de Saúde.

Publicidade

Essa é uma matéria fechada para assinantes.
Se você já é assinante clique aqui para ter acesso a esse e outros conteúdos de jornalismo de qualidade.

Domine o fato. Confie na fonte.
15 marcas que você confia. Uma assinatura que vale por todas
Impressa + Digital no App
Impressa + Digital
Impressa + Digital no App

Informação de qualidade e confiável, a apenas um clique.

Assinando Veja você recebe mensalmente Veja Rio* e tem acesso ilimitado ao site e às edições digitais nos aplicativos de Veja, Veja SP, Veja Rio, Veja Saúde, Claudia, Superinteressante, Quatro Rodas, Você SA e Você RH.
*Assinantes da cidade do RJ

A partir de R$ 39,99/mês