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Gilberto Ururahy

Por Gilberto Ururahy, médico Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Especialista em medicina preventiva

Novos fatores de risco para doenças cardiovasculares: baixa aptidão física

Potência muscular, flexibilidade, equilíbrio e composição corporal são variáveis fundamentais a serem consideradas

Por Gilberto Ururahy
29 out 2025, 07h35
Homem e mulher se alongam em um parque.
Força/potência muscular, flexibilidade, equilíbrio e composição corporal estão entre os componentes de uma boa aptidão física. (Freepik/Reprodução)
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Realizamos na Med-Rio Check-up, mês passado, mais uma edição do “Encontro com a Prevenção 2025”. O tema em debate foi “Os novos fatores de risco para doenças cardiovasculares”. O quarto e último participante a expor suas ideias foi o médico Claudio Gil Araújo, diretor de pesquisa e educação da Clinimex, doutorado em Fisiologia pela UFRJ e pós-doutorado em Fisiologia e Medicina do Exercício pela McMaster University do Canadá. Gil falou sobre a baixa aptidão física.

O especialista abriu sua fala reforçando o conhecimento geral da importância do exercício físico regular, mas destacando que ele é apenas um meio para chegar num fim: ser fisicamente apto. A aptidão física é composta por vários componentes. O primeiro dele é o aeróbico. No entanto, Claudio Gil fez questão de destacar outros, os componentes não aeróbicos: força/potência muscular, flexibilidade, equilíbrio e composição corporal.

De acordo com Gil, a maneira mais fácil e válida de se avaliar os componentes não aeróbicos é o “teste de sentar-levantar”, em que o indivíduo, descalço e sem meias, usando roupas confortáveis, deve sentar e levantar do chão usando o menor número de apoios possível (mão, joelho etc) e sem desequilibrar, não importando a velocidade da execução. O objetivo é sentar e levantar da mão usando, no máximo, um único apoio: mão ou joelho. “Um indivíduo que não consegue sentar e levantar do chão sozinho denota um quadro grave em sua aptidão física não-eróbica”, sentenciou Gil.

A respeito do equilíbrio, uma boa forma de avalia-lo é se o indivíduo consegue permanecer por 10 segundos sustentando o corpo em um único pé. “O risco de mortalidade quase dobra em pessoas que não conseguem ficar 10 segundos em um pé só”, revelou Claudio Gil, destacando a simplicidade da avaliação, face a tudo que ela pode revelar.

Quanto a flexibilidade, Gil explicou que a partir de vinte movimentos é possível ter um índice global acerca da flexibilidade. A partir desse índice, é possível analisar quão flexível é o indivíduo. “Mulheres muito flexíveis praticamente são isentas de morte”, brincou Gil, demonstrando a importância da associação de um corpo flexível com a longevidade. “É grave um indivíduo hipoflexível. Não é uma questão de “jeito”, como alguns dizem. Não adianta ser uma pessoa que corre bem e ser ruim de flexibilidade”, pontuou.

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Sobre força muscular e potência, Gil fez uma distinção. “Força é, por exemplo, conseguir segurar vinte quilos. Potência é conseguir mover esses vinte quilos rapidamente”, explicou. “O que mais interessa quando a pessoa envelhece é a potência. Para levantar de uma cadeira, levantar do chão, pegar uma criança, pegar uma sacola de compras, colocar uma mala no bagageiro superior do avião, tudo isso demanda potência, e essa potência o ser humano perde com o passar dos anos”, ressaltou Gil. Segundo ele, a baixa aptidão física aumenta em cinco vezes o risco relativo à mortalidade cardiovascular.

À prática de exercícios físicos regulares, soma-se a alimentação saudável (rica em frutas, vegetais e fibras), gerenciamento estresse e do bem-estar, sono reparador e distância do uso de substâncias, como tabaco ou álcool, e a realização de check-ups preventivos na busca por um estilo de vida saudável.

Saúde é prevenção!

Gilberto Ururahy é médico há mais de 40 anos, com longa atuação em Medicina Preventiva. Em 1990, inaugurou a Med-Rio Check-up, líder brasileira em check-up médico e medicina preventiva. É detentor da Medalha da Academia Nacional de Medicina da França, é membro honorário da Academia Brasileira de Medicina de Reabilitação e coautor de livros: Como tornar-se um bom estressado (editora Salamandra), O cérebro emocional (Rocco), Emoções e saúde (Rocco) e Saúde é prevenção (Rocco, com o médico Galileu Assis). Ururahy é diretor da Câmara Americana de Comércio para o Brasil (Amcham Rio) e Chairman do Comitê de Saúde e diretor da Câmara de Comércio França-Brasil e Coordenador do Comitê de Saúde.

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