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Gilberto Ururahy

Por Gilberto Ururahy, médico Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Especialista em medicina preventiva

Evitar ultraprocessados pode dobrar a perda de peso

Pesquisa inglesa confirma que consumo de ultraprocessados colabora para ganho de peso corporal

Por Gilberto Ururahy
9 set 2025, 10h43
Adipômetro mede a gordura de paciente.
Estudo inglês concluiu que evitar alimentos ultraprocessados acelera a perda de peso. (Freepik/Reprodução)
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Publicada na prestigiosa revista Nature, estudo da University College London concluiu que é possível perder mais peso evitando-se os alimentos ultraprocessados (incluindo os que, geralmente, são considerados saudáveis). O estudo é o maior e mais longo ensaio clínico já realizado a examinar os efeitos de alimentos ultraprocessados no peso.

Os participantes perderam o dobro de peso quando seguiram dietas compostas por alimentos minimamente processados, como macarrão, frango, frutas e vegetais, em comparação com o período em que se alimentaram com alimentos ultraprocessados que atendiam aos padrões nutricionais, como refeições congeladas prontas, cereais matinais, barras de proteína e shakes.

Nos Estados Unidos, alimentos ultraprocessados representam cerca de 70% do suprimento alimentar dos americanos. Autoridades chegaram a afirmar que os esse tipo de alimento estava “envenenando” os americanos e os classificou como os principais culpados pelas altas taxas de obesidade e doenças crônicas.

Embora vários estudos tenham relacionado alimentos ultraprocessados à obesidade, a maioria é observacional, o que significa que não é possível provar que os alimentos causam diretamente o ganho de peso.

Dois estudos anteriores constataram que adultos consumiam cerca de 500 a 800 calorias a mais por dia quando suas dietas eram compostas por alimentos ultraprocessados do que quando eram compostas por alimentos minimamente processados.

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No novo estudo, divulgado pela revista Nature, os pesquisadores recrutaram 55 participantes, a maioria mulheres, com idades entre 20 e 60 anos. Todos tinham índices de massa corporal na faixa de sobrepeso ou obesidade e, antes do estudo, cerca de dois terços de suas calorias vinham de alimentos ultraprocessados — mais do que a média dos adultos no Reino Unido.

Os pesquisadores elaboraram duas dietas e forneceram as refeições. Ambas as dietas atendiam às diretrizes nutricionais do Reino Unido, com teores limitados de açúcar, gorduras saturadas e sódio, mas uma era composta principalmente de alimentos minimamente processados, como aveia em flocos, iogurte natural e espaguete à bolonhesa feito na hora; a outra era composta principalmente de alimentos ultraprocessados considerados “saudáveis”, como cereais matinais integrais, leite vegetal, iogurte saborizado e lasanha congelada.

Metade dos participantes seguiu a dieta minimamente processada por dois meses, após os quais retornaram à dieta normal por um mês. Em seguida, seguiram a dieta ultraprocessada por dois meses. A outra metade seguiu as dietas na ordem inversa. Todos podiam comer o quanto quisessem.

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A maioria dos participantes perdeu peso com ambas as dietas. Mas, em média, perderam mais peso durante os dois meses com a dieta minimamente processada — cerca de 1,8 kg, em comparação com apenas 1 kg com a dieta ultraprocessada. Os pesquisadores estimaram que, se a perda de peso tivesse continuado por um ano, mesmo que naturalmente diminua com o tempo, poderia ter adicionado de 9% a 13% do peso corporal com a dieta minimamente processada, em comparação com apenas 4% a 5% com a dieta ultraprocessada. Os participantes também perderam mais que o dobro de gordura corporal na dieta minimamente processada do que na dieta ultraprocessada.

Se não quiser, ninguém precisa cortar totalmente os ultraprocessados do cardápio. Sabemos o quanto, eventualmente, eles podem ser práticos no dia a dia. Mas está comprovado, mais uma vez, os malefícios que eles podem causar à saúde de quem os consome.

Na busca por um estilo de vida saudável, a alimentação equilibrada – assim como a prática de exercícios físicos regulares, o gerenciamento do estresse e do bem-estar, o sono reparador e a distância do uso de substâncias, como tabaco ou álcool, além da realização de check-ups preventivos – tem papel fundamental.

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Saúde é prevenção!

Gilberto Ururahy é médico há mais de 40 anos, com longa atuação em Medicina Preventiva. Em 1990, inaugurou a Med-Rio Check-up, líder brasileira em check-up médico e medicina preventiva. É detentor da Medalha da Academia Nacional de Medicina da França, é membro honorário da Academia Brasileira de Medicina de Reabilitação e coautor de livros: Como tornar-se um bom estressado (editora Salamandra), O cérebro emocional (Rocco), Emoções e saúde (Rocco) e Saúde é prevenção (Rocco, com o médico Galileu Assis). Ururahy é diretor da Câmara Americana de Comércio para o Brasil (Amcham Rio) e Chairman do Comitê de Saúde e diretor da Câmara de Comércio França-Brasil e Coordenador do Comitê de Saúde.

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