Evitar ultraprocessados pode dobrar a perda de peso
Pesquisa inglesa confirma que consumo de ultraprocessados colabora para ganho de peso corporal
 
							Publicada na prestigiosa revista Nature, estudo da University College London concluiu que é possível perder mais peso evitando-se os alimentos ultraprocessados (incluindo os que, geralmente, são considerados saudáveis). O estudo é o maior e mais longo ensaio clínico já realizado a examinar os efeitos de alimentos ultraprocessados no peso.
Os participantes perderam o dobro de peso quando seguiram dietas compostas por alimentos minimamente processados, como macarrão, frango, frutas e vegetais, em comparação com o período em que se alimentaram com alimentos ultraprocessados que atendiam aos padrões nutricionais, como refeições congeladas prontas, cereais matinais, barras de proteína e shakes.
Nos Estados Unidos, alimentos ultraprocessados representam cerca de 70% do suprimento alimentar dos americanos. Autoridades chegaram a afirmar que os esse tipo de alimento estava “envenenando” os americanos e os classificou como os principais culpados pelas altas taxas de obesidade e doenças crônicas.
Embora vários estudos tenham relacionado alimentos ultraprocessados à obesidade, a maioria é observacional, o que significa que não é possível provar que os alimentos causam diretamente o ganho de peso.
Dois estudos anteriores constataram que adultos consumiam cerca de 500 a 800 calorias a mais por dia quando suas dietas eram compostas por alimentos ultraprocessados do que quando eram compostas por alimentos minimamente processados.
No novo estudo, divulgado pela revista Nature, os pesquisadores recrutaram 55 participantes, a maioria mulheres, com idades entre 20 e 60 anos. Todos tinham índices de massa corporal na faixa de sobrepeso ou obesidade e, antes do estudo, cerca de dois terços de suas calorias vinham de alimentos ultraprocessados — mais do que a média dos adultos no Reino Unido.
Os pesquisadores elaboraram duas dietas e forneceram as refeições. Ambas as dietas atendiam às diretrizes nutricionais do Reino Unido, com teores limitados de açúcar, gorduras saturadas e sódio, mas uma era composta principalmente de alimentos minimamente processados, como aveia em flocos, iogurte natural e espaguete à bolonhesa feito na hora; a outra era composta principalmente de alimentos ultraprocessados considerados “saudáveis”, como cereais matinais integrais, leite vegetal, iogurte saborizado e lasanha congelada.
Metade dos participantes seguiu a dieta minimamente processada por dois meses, após os quais retornaram à dieta normal por um mês. Em seguida, seguiram a dieta ultraprocessada por dois meses. A outra metade seguiu as dietas na ordem inversa. Todos podiam comer o quanto quisessem.
A maioria dos participantes perdeu peso com ambas as dietas. Mas, em média, perderam mais peso durante os dois meses com a dieta minimamente processada — cerca de 1,8 kg, em comparação com apenas 1 kg com a dieta ultraprocessada. Os pesquisadores estimaram que, se a perda de peso tivesse continuado por um ano, mesmo que naturalmente diminua com o tempo, poderia ter adicionado de 9% a 13% do peso corporal com a dieta minimamente processada, em comparação com apenas 4% a 5% com a dieta ultraprocessada. Os participantes também perderam mais que o dobro de gordura corporal na dieta minimamente processada do que na dieta ultraprocessada.
Se não quiser, ninguém precisa cortar totalmente os ultraprocessados do cardápio. Sabemos o quanto, eventualmente, eles podem ser práticos no dia a dia. Mas está comprovado, mais uma vez, os malefícios que eles podem causar à saúde de quem os consome.
Na busca por um estilo de vida saudável, a alimentação equilibrada – assim como a prática de exercícios físicos regulares, o gerenciamento do estresse e do bem-estar, o sono reparador e a distância do uso de substâncias, como tabaco ou álcool, além da realização de check-ups preventivos – tem papel fundamental.
Saúde é prevenção!
Gilberto Ururahy é médico há mais de 40 anos, com longa atuação em Medicina Preventiva. Em 1990, inaugurou a Med-Rio Check-up, líder brasileira em check-up médico e medicina preventiva. É detentor da Medalha da Academia Nacional de Medicina da França, é membro honorário da Academia Brasileira de Medicina de Reabilitação e coautor de livros: Como tornar-se um bom estressado (editora Salamandra), O cérebro emocional (Rocco), Emoções e saúde (Rocco) e Saúde é prevenção (Rocco, com o médico Galileu Assis). Ururahy é diretor da Câmara Americana de Comércio para o Brasil (Amcham Rio) e Chairman do Comitê de Saúde e diretor da Câmara de Comércio França-Brasil e Coordenador do Comitê de Saúde.
 
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