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Gilberto Ururahy

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Especialista em medicina preventiva
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Doença cardíaca entre mulheres: por que o número de casos está crescendo?

Estilo de vida inadequado é principal fator de enfarto entre mulheres

Por Gilberto Ururahy
23 set 2024, 15h45
Mulher caminha em parque.
Condições cardíacas podem estar ligados à genética, mas é muito comum estarem relacionados ao estilo de vida pouco saudável. (Freepik/Reprodução)
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Os casos de enfartes registrados por mês mais que dobraram no Brasil nos últimos quinze anos. De acordo com o levantamento do Instituto Nacional de Cardiologia (INC), a partir dos dados do Ministério da Saúde, a média mensal de internações decorrentes subiu quase 160% em uma década e meia. A mesma tendência notamos também no atendimento a nossos clientes na Med Rio Check-up: quando iniciamos nossas atividades, em 1990, para cada nove enfartos, um era em mulher. Hoje, para cada dois enfartos do miocárdio, um é em mulher. Uma verdadeira “epidemia” de enfartos em mulheres jovens.

Ainda segundo o levantamento do INC, a média mensal de internações por enfarte passou de 5.282 para 13.645 entre os homens, e de 1.930 para 4.973 entre as mulheres. Segundo dados recentes da Organização Mundial da Saúde (OMS), as doenças cardiovasculares respondem por um terço das mortes no mundo, com 8,5 milhões de óbitos por ano, ou seja, mais de 23 mil mulheres por dia. Entre as brasileiras, principalmente acima dos 40 anos, as cardiopatias chegam a representar 30% das causas de morte, a maior taxa da América Latina.

O aumento de casos pode estar relacionado a fatores que vão desde condições hereditárias (hipertrofia do miocárdio) à piora nos hábitos de vida: estresse, excesso de uso de tecnologia, obesidade, pílula anticoncepcional, alimentação desequilibrada, falta de exercícios físicos, sono de má qualidade, tabagismo, consumo de bebida alcóolica em excesso, tem duplas ou triplas jornadas de trabalho, comportamentos que podem levar a enfartes ou paradas cardíacas prematuras. A situação se agrava no pós-menopausa, quando as mulheres não tem mais hormônios sexuais femininos que as protegiam das doenças coronarianas.

Estudos apontam que as mulheres são as maiores vítimas fatais de enfarto, ainda que o maior número de casos ocorra entre os homens (nos Estados Unidos, 14,6% das mulheres morreram, enquanto que 10,3% dos homens tiveram óbito). Entre os sintomas, homens costumam sentir forte dor no peito que se estende aos braços. Já as mulheres, é comum sentirem fraqueza, falta de ar, náusea e dor que se estende pelo ombro, costas e mandíbula – o que acaba as confundindo com outras doenças.

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Por tudo isto, é preciso estar atento aos fatores sobre os quais o indivíduo tem controle: respeitar as horas de sono, não levar aparelhos eletrônicos para a cama, não exceder as horas de trabalho a ponto de prejudicar a qualidade de vida, praticar exercícios físicos e ter uma alimentação saudável – condição ainda mais difícil entre os mais jovens. Além disso, a prática regular de um check-up médico é fundamental.

Saúde é prevenção!

Gilberto Ururahy é médico há mais de 40 anos, com longa atuação em Medicina Preventiva. Em 1990, criou a Med Rio Check-up, líder brasileira em check-up médico. É detentor da Medalha da Academia Nacional de Medicina da França e autor de quatro livros: Como se tornar um bom estressado (editora Salamandra), O cérebro emocional (editora Rocco), Emoções e saúde (editora Rocco) e Saúde é Prevenção (editora Rocco), com o médico Galileu Assis, diretor da Med Rio Check-Up.

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