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Gilberto Ururahy

Por Gilberto Ururahy, médico Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Especialista em medicina preventiva
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Brasileiros dormem pouco e mal. Saiba o que fazer

Além das poucas horas de repouso, qualidade do sono do brasileiro é ruim

Por Gilberto Ururahy
27 nov 2024, 14h23
Pessoa deitada na cama mexe no telefone celular.
Hábitos ruins, como levar o celular para a cama, atrapalham a qualidade do sono. (Freepik/Divulgação)
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Violência urbana, mudança climática,  instabilidade política, incertezas em relação ao futuro. São muitas as razões que tiram o sono dos brasileiros. Pesquisas mostram que quase 30% da população está dormindo menos para dar conta da rotina diária. Resultado: ficam ainda mais cansados.

Diante de emoções negativas ou acontecimentos estressantes, o metabolismo reage e o organismo eleva a produção de adrenalina e cortisol, hormônios que também são inibidores do sono de qualidade. O estresse crônico tem um elo direto com os ritmos biológicos. Muitas doenças são provocadas ou agravadas pelas modificações fisiológicas ligadas às alterações do sono: fibromialgia, isquemia cardíaca noturna, asma ligada ao sono, bruxismo, fadiga crônica, depressão e falhas de memória.

Não só a quantidade de sono, mas também sua qualidade deve ser motivo de atenção. É preciso respeitar o relógio biológico do corpo e o ideal é sempre se deitar à mesma hora. Às vezes, os pensamentos sobre os acontecimentos do dia, compromissos e preocupações bloqueiam a ação do sono, bem como o péssimo hábito de ir para a cama com o telefone celular. Isso ocorre frequentemente com indivíduos estressados e ansiosos. As pesquisas com os clientes em nossas clínicas mostram que 25% deles convivem com o fantasma da insônia.

É importante que o sono não seja interrompido e que, ao despertar, a sensação seja de repouso. A primeira indicação de que o sono pode não ser reparador é o ronco, que tem causas variadas, entre elas a obstrução nasal. A apneia obstrutiva do sono (interrupções breves e repetidas da respiração ao dormir) é um sintoma que, além de fadiga e irritação, pode provocar doenças cardiovasculares, falhas de memória e disfunção erétil.

Algumas dicas para dormir melhor:

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  • Estabeleça um horário certo para dormir
  • Prefira dormir de lado e não de costas
  • Não coma alimentos pesados por pelo menos três horas antes de se deitar
  • Evite bebidas alcoólicas e o uso de estimulantes, como a cafeína
  • Pratique atividades físicas regularmente e se mantenha no peso certo

E, claro, mantenha uma rotina de realização de exames periódicos, que auxiliam na preservação da saúde e podem indicar ou antecipar a ocorrência de doenças.

Saúde é prevenção!

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Gilberto Ururahy é médico há mais de 40 anos, com longa atuação em Medicina Preventiva. Em 1990, criou a Med Rio Check-up, líder brasileira em check-up médico. É detentor da Medalha da Academia Nacional de Medicina da França e autor de quatro livros: Como se tornar um bom estressado (editora Salamandra), O cérebro emocional (editora Rocco), Emoções e saúde (editora Rocco) e Saúde é Prevenção (editora Rocco), com o médico Galileu Assis, diretor da Med Rio Check-Up.

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