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Fábio Barbirato

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Psiquiatra infantil
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Setembro Amarelo: por que é tão importante falar sobre suicídio?

O comportamento suicida atravessa pessoas das mais diversas classes sociais, gêneros, culturas, idades e realidades financeiras

Por Fabio Barbirato
Atualizado em 23 set 2024, 15h25 - Publicado em 23 set 2024, 15h18
Fita amarela sobre em formato de laço, símbolo da campanha, sobre mãos espalmadas.
Campanha Setembro Amarelo ajuda na conscientização sobre o transtorno. (Freepik/Reprodução)
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Por muito tempo, suicídio era um tema tabu, não apenas na mídia, como nos filmes, séries, novelas, até mesmo nas conversas entre amigos. Era como se houvesse um mal estar em se tratar do assunto e, assim, empurrava-o para debaixo do tapete, como se não falando dele, não existisse. Mas esta percepção, felizmente, tem mudado nos últimos anos. Tanto o jornalismo como a indústria cultural entenderam a importância dos seus papeis neste processo de conscientização acerca do tema.

Não poderia ser diferente. Segundo a última pesquisa realizada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2019, mais de 700 mil casos de suicídio são registrados em todo o mundo. Nesta estatística não estão computados os episódios subnotificados, o que elevaria para um milhão de casos. Especificamente no que tange o Brasil, são cerca de 38 casos ao dia, totalizando 14 mil casos ao ano. Não é um número banal, longe disso: mais pessoas morrem de suicídio do que de doenças como malária e câncer de mama, ou de guerras e homicídios, por exemplo.

De acordo com a Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, entre 2016 e 2021 houve um aumento de 49,3% nas taxas de mortalidade de adolescentes de 15 a 19 anos, chegando a 6,6 por 100 mil, e de 45% entre adolescentes de 10 a 14 anos, chegando a 1,33 por 100 mil. O suicídio é a quarta causa de morte depois de acidentes no trânsito, tuberculose e violência entre os jovens de 15 a 29 anos. No entanto, o suicídio não se restringe a um comportamento de jovens, ele atravessa pessoas das mais diversas classes sociais, gêneros, culturas, idades e realidades financeiras.

A boa notícia é que a maioria dos casos de transtornos mentais que podem levar ao suicídio tem tratamento. Cada vez mais, especialistas se dedicam a pesquisar o tema e divulga-lo ao público leigo, na expectativa que o aumento da conscientização colabore na redução do número de casos.

Fabio Barbirato é médico psiquiatra pela UFRJ, membro da Academia Americana de Psiquiatria da Infância e Adolescência e responsável pelo setor de Psiquiatria Infantil da Santa Casa do Rio. Como professor, dá aulas na PUC-Rio. Foi um dos apresentadores do quadro “Eu amo quem sou”, sobre bullying, no “Fantástico” (TV Globo).

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