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Fábio Barbirato

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Psiquiatra infantil

5 conquistas que o projeto contra “adultização” já deu ao Brasil

Dentre as boas heranças estão a capacidade de mobilização da sociedade e a atenção ao conteúdo postado

Por Fabio Barbirato
4 set 2025, 09h38
Criança assiste um tablet com os pais ao fundo.
Controle dos pais sobre o conteúdo acessado pelos filhos deve ser constante. (Freepik/Reprodução)
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Nem bem foi aprovado em tempo recorde na Câmara dos Deputados, o projeto que visa coibir a adultização de crianças e adolescentes já deixa de herança conquistas simbólicas e concretas para todo o país. Listo abaixo cinco dessas conquistas:

  • Ficou constatado que a sociedade civil é mais poderosa do que imagina – Foi a sua capacidade de indignação ao vídeo postado pelos influenciadores como Felca que provocou a ação de deputados e senadores para atender uma demanda concreta da sociedade – e que estava engavetada no Congresso há anos. Essa lição precisa ser sempre lembrada toda vez que se fizer necessária a mobilização da sociedade;

 

  • Diferenças ideológicas podem ser deixadas de lado – Em nome de causas mais relevantes, de interesse da sociedade, somos capazes de nos sensibilizarmos e deixarmos do lado diferenças politico-ideológicas para agirmos e cobrarmos atitude das autoridades, de todos os matizes políticos. Diferenças de opiniões podem continuar existindo, pacificamente, sem impedir a possibilidade de estarmos todos do mesmo lado quando o que está em jogo é a integridade física e mental das crianças;
  • Internet e rede social não é só vilão – A atitude de Felca pelas redes sociais confirmou que as plataformas não podem ser simplesmente vilanizadas, sem relativizar o que elas podem trazer de bom. O problema é que, cada vez mais, vemos as crianças e jovens (quando não os próprios adultos) soterrados por conteúdos pouco edificantes, que não provocam a crítica, tiram o foco e distraem das atividades relevantes da vida, como estudar, dormir e interagir socialmente. Felca comprovou que, com responsabilidade, as redes sociais podem ser aliadas de um mundo mais justo e saudável;
  • As redes são como praça pública – No entanto, não se pode perder de vista o quanto crianças e jovens estão expostos em redes sociais. É o que sempre dizemos: se você não deixaria seu filho sozinho em praça pública, então também não o deixe nas redes sociais – um ambiente livre, com todo o tipo de gente, com baixa mediação e pessoas com todo o tipo de intenção;
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  • A responsabilidade é dos pais – Curiosamente, vimos muitos pais e responsáveis dizendo-se indignados com o que descobriram com o vídeo de Felca. É como se tudo que é dito e escrito a respeito desse tema fosse ficção e apenas agora tenha se materializado. Ao longo dos últimos dias, ouvi de diversos pais que teriam mais cuidado com o que postam a respeito dos filhos e também ficariam mais atentos ao tipo de conteúdo que os jovens consomem e produzem.

Por tudo isso, a iniciativa de Felca já é um dos principais fatos do ano e um marco na história dos direitos das crianças e adolescentes.

Fabio Barbirato é psiquiatra pela ABP/CFM e responsável pelo Setor de Psiquiatria Infantil do Serviço de Psiquiatria da Santa Casa do Rio. Como professor, dá aulas na pós-graduação em Medicina e Psicologia da PUC-Rio. É autor dos livros “A mente do seu filho” e “O menino que nunca sorriu & outras histórias”. Foi um dos apresentadores do quadro “Eu amo quem sou”, sobre bullying, no “Fantástico” (TV Globo).

 

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