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Fabiano Serfaty

Por Fabiano M. Serfaty, clínico-geral e endocrinologista, MD, MSc e PhD. Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Saúde, Prevenção, Tratamento, Qualidade de vida, Bem-estar, Tecnologia, Inovação médica e inteligência artificial com base em evidências científicas.
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Quais fatores de risco podem prevenir ou atrasar a demência?

Quase 50% dos casos globais de demência podem ser prevenidos; saiba como

Por Fabiano Serfaty Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 9 ago 2024, 13h36 - Publicado em 8 ago 2024, 20h50
Uma borracha apaga o desenho de um cérebro.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 55 milhões de pessoas no mundo convivem com algum tipo de demência, das quais 50 milhões com Alzheimer. (Shutterstock/Reprodução)
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A demência é uma preocupação global, afetando milhões de pessoas em todo o mundo. A Comissão Lancet sobre Prevenção, Intervenção e Cuidados com a Demência atualizou suas descobertas em 2024, identificando 14 fatores de risco modificáveis que podem ajudar a prevenir ou atrasar o desenvolvimento da demência. Quase metade dos casos de demência em todo o planeta poderia teoricamente ser prevenida ou retardada considerando-se esses fatores ao longo da vida de um indivíduo, de acordo com um relatório da Comissão Lancet sobre prevenção, intervenção e cuidados com a demência.

A prevenção da demência é crucial não apenas para melhorar a qualidade de vida dos indivíduos, mas também para aliviar a carga sobre os sistemas de saúde e as famílias. A demência acarreta uma série de desafios significativos, incluindo perda de memória, dificuldades de comunicação, mudanças de comportamento e incapacidade de realizar atividades diárias. Esses sintomas não afetam apenas a pessoa diagnosticada, mas também têm um impacto profundo nos cuidadores e entes queridos, muitas vezes resultando em estresse emocional e financeiro.

Fatores de Risco Modificáveis citados no relatório:

Educação: Ter menos educação formal na vida inicial está associado a um maior risco de demência;
Perda Auditiva na Meia-Idade: A perda auditiva pode ser um fator de risco importante;
Colesterol LDL Elevado: Controlar o colesterol LDL pode ser crucial para a saúde cerebral;
Depressão: A saúde mental desempenha um papel significativo na prevenção da demência;
Lesões Traumáticas no Cérebro: Evitar lesões na cabeça é essencial;
Inatividade Física: Manter-se ativo é fundamental;
Diabetes: Gerenciar o diabetes pode ajudar a reduzir o risco;
Tabagismo: Parar de fumar é benéfico para a saúde cerebral;
Hipertensão: Controlar a pressão arterial é essencial;
Obesidade: Manter um peso saudável é importante;
Consumo Excessivo de Álcool: Moderação é fundamental;
Isolamento Social: Manter conexões sociais é vital;
Poluição do Ar: Reduzir a exposição à poluição pode ajudar;
Perda de Visão: Cuidar da saúde ocular é relevante.

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Investir em estratégias de prevenção pode atrasar o início da demência e reduzir a sua prevalência, permitindo que mais pessoas envelheçam com saúde e independência. Abordagens preventivas, como a promoção de um estilo de vida saudável, controle de fatores de risco vasculares e incentivo à atividade cognitiva e social, são essenciais para construir uma reserva cognitiva que pode proteger o cérebro contra os efeitos degenerativos da demência. Além disso, políticas públicas focadas na educação e no acesso a cuidados de saúde de qualidade são fundamentais para enfrentar essa crescente preocupação global.

Fonte:
1. Dementia prevention, intervention, and care: 2024 report of the Lancet standing Commission.
Published:July 31, 2024
DOI: https://doi.org/10.1016/S0140-6736(24)01296-0

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