Fabiane Pereira | VEJA RIO

A última vez que fui feliz e aglomerada, simultaneamente, foi em fevereiro de 2020. Meu Carnaval começou em Recife uma semana antes da festa momesca oficial. A convite de Melina Hickson, uma das mentes mais brilhantes do mercado da música contemporâneo, participei do Porto Musical e saí de lá com as esperanças renovadas.

Quem trabalha com cultura no Brasil vai dormir sem esperanças quase todos os dias. Mas alguns eventos ainda são uma injeção de ânimo nos otimistas e o Porto Musical é um deles.

O encontro bienal é voltado para profissionais da música e rola em Recife desde 2005. Como rolou edição em 2020, este ano, o Porto Musical não seria realizado mas Melina, diretora do evento, resolveu celebrar a resistência e as pequenas vitórias coletivas numa edição pocket e online, entre os dias 2 e 5 de fevereiro (próxima semana). O evento trará três showcases transmitidos no YouTube: Maracatu Estrela Dourada, de Buenos Aires; Afoxé Alafin Oyó e o Coco de Umbigada. Além de oficinas gratuitas, ao vivo, com foco no mercado da música.

Melina Hickson, diretora do Porto Musical (divulgação/Divulgação)

A própria Melina vai abrir a programação no dia 2, às 18h, e falar sobre “a vida na música: insights, mercado, política, meios e fins”. Nos dias 3 e 4, a programação continua com a diretora executiva da Altafonte Music, Heloisa Aidar, vai ministrar o workshop “O BeABá do Direito Autoral” e as produtoras Nancy Silva e Verônica Pessoa vão dar uma oficina de “Comunicação e Distribuição Digital na Música”.

As inscrições podem ser feitas no Sympla e todas as atividades são gratuitas.

Pra quem trabalha na cadeia produtiva da música, o Porto é daqueles eventos imperdíveis já que o presente e o futuro da música são debatidos com responsabilidade e pé no chão.

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